"ME PRESERVEI POR CAUSA DE UMA VISÃO TÁTICA", DISSE JABES RIBEIRO SOBRE ESTRATÉGIA NA CAMPANHA DE VALDERICO

Para Jabes, o objetivo era evitar que a oposição desviasse o foco da renovação defendida por Valderico e reforçar a imagem de juventude e mudança
O ex-prefeito, ex-deputado federal e atual secretário estadual do Partido Progressistas (PP), Jabes Ribeiro, explicou, em entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quinta-feira, 19 de dezembro, sua escolha estratégica de não estar na linha de frente da campanha de Valderico Junior à prefeitura de Ilhéus. Segundo ele, a decisão foi tomada para evitar conflitos e fortalecer a imagem de renovação associada ao candidato.
Após o acordo entre o PP e o União Brasil, garantindo que a indicação para deputado federal em 2026 seria dos Progressistas, Jabes assumiu um papel de bastidor e delegou a liderança da campanha a dois nomes do partido: Cacá Colchões e André Cezário. “Ainda lembro que na convenção, eu disse: ‘Está aqui o PP apoiando a campanha de Valderico, mas estou colocando duas pessoas para que representem o partido na linha de frente da campanha’. Ainda brinquei: ‘Cacá Colchões e André Cezário, se é para renovação, como diz o candidato, estão aqui dois jovens’. E eu vou administrar esse processo”, afirmou.
Jabes revelou que a decisão foi baseada em uma análise cuidadosa do cenário político local. “Quanto mais eu fosse para a linha de frente, ia causar problema para a campanha. Por causa do protagonismo, por causa do meu nome. Jabes quer mandar, Jabes isso. A oposição, ao invés de fazer a luta com o Valderico, iria fazer a luta comigo. E era ruim isso. Então, acertei com ele: irei a todos os atos com a presença de ACM Neto e, se você precisar de alguma coisa, você me fala”, detalhou.
Para Jabes, o objetivo era evitar que a oposição desviasse o foco da renovação defendida por Valderico e reforçar a imagem de juventude e mudança. Ele também reconheceu que sua presença constante poderia prejudicar a campanha, devido às narrativas históricas que o associam à “velha política”. “Você imagina se nós perdêssemos a eleição. Primeira coisa que ia sair: ‘Adélia e o PT derrotam a velha política’, ‘Vamos enterrar mais uma vez’. Eu fui enterrado tantas vezes que sobrevivi. Eu sempre disse que essa turma tinha um problema: me enterrava, fazia o caixão, mas não fechava direito. Era a frestazinha que ficava ali, dava para eu respirar. Quando eu respirava, eu voltava. Primeiro, não se mata o político. O político não morre.”
A estratégia de Jabes, segundo ele, foi resultado de uma visão tática que priorizava a preservação do grupo político e a construção de um discurso mais alinhado às expectativas do eleitorado. “Me preservei por causa de uma visão tática, para evitar que a oposição pudesse questionar a renovação”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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