"NÃO EXISTE MATRÍCULA PARA CO-ENSINO, MAS PARA A ESCOLA", DIZ SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE ILHÉUS

Evani Cavalcanti explica como ocorre o atendimento a alunos atípicos na rede municipal de Ilhéus
Em entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quarta-feira (26), a secretária de Educação de Ilhéus, Evani Cavalcanti, abordou as ações da gestão municipal para garantir o atendimento adequado aos alunos atípicos da rede pública. Durante a conversa com o comunicador Vila Nova, ela destacou iniciativas como a criação da Coordenação de Educação Inclusiva e o mapeamento das escolas que possuem estudantes com laudos de necessidades especiais.
Segundo Evani, ao assumir a pasta, recebeu a informação de que 1.554 alunos atípicos laudados estavam matriculados no município. Para organizar o atendimento, a secretaria solicitou aos diretores das escolas um levantamento detalhado. "Desde quando as matrículas aconteceram, nós já solicitamos dois diretores, porque são eles que estão na ponta. Quais as escolas possuem alunos atípicos laudados? Para que a gente já tenha como fazer esse mapeamento e não ficar como aconteceu ano passado", explicou.
A secretária também enfatizou que o reconhecimento das necessidades específicas dos alunos ocorre ao longo do ano letivo. "Algumas famílias já começaram a dizer: ‘eu fui matricular meu filho, mas não tenho conhecimento’. O conhecimento acontece no decorrer do ano. Você não tem uma matrícula para co-ensino, você tem a matrícula para a escola e, no decorrer do desenvolvimento deste estudante, nós vamos verificar o processo", pontuou.
Entre as medidas adotadas para fortalecer a inclusão, Evani destacou a separação das coordenações de Diversidade e de Educação Inclusiva. "Anteriormente, nós tínhamos a coordenação de diversidade e inclusão. São dois mundos enormes, convergentes e antagônicos ao mesmo tempo. Então, nós dividimos. Temos a coordenação de diversidade e temos agora um coordenador de educação inclusiva", disse.
Outro avanço foi a reformulação da diretoria do Centro de Referência para Inclusão Escolar (CRIE), que agora trabalha para mapear quais unidades estão atendendo alunos atípicos e acompanhar a evolução desses estudantes. "Temos hoje também uma nova diretoria do CRIE, que está fazendo todo o mapeamento de quais unidades estão sendo atendidas, quais crianças estão sendo atendidas, como é que está a evolução dessas crianças para que a gente possa ofertar às pessoas o que essas famílias precisam", afirmou a secretária.
Além disso, a Secretaria de Educação está desenvolvendo, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, um projeto voltado para o acolhimento de mães de crianças atípicas. "Enquanto essa criança está na escola, enquanto essa criança está na sala multifuncional, nós estamos vendo opções de como cuidar também dessa mãe, de como cuidar dessa família", ressaltou Evani.
Confira a entrevista completa:
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