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"O COMBATE À HANSENÍASE DEVE SER DE JANEIRO A JANEIRO", DIZ DIRETORA DA REDE HANS

"O COMBATE À HANSENÍASE DEVE SER DE JANEIRO A JANEIRO", DIZ DIRETORA DA REDE HANS
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 27/01/2025 10h30

Evento em Ilhéus reforça a importância de ações contínuas e destaca o diagnóstico precoce como chave para vencer a doença

No último domingo, 26 de janeiro, a Rede Hans realizou a 4ª Caminhada Roxa em Ilhéus, marcando o Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a hanseníase. O evento mobilizou a sociedade civil, gestores públicos e conselhos de saúde, destacando a necessidade de ações contínuas no combate à doença.

Graciele Santos, diretora da Rede Hans, enfatizou a importância de manter a atenção sobre a hanseníase ao longo de todo o ano. “Foi um momento extremamente exitoso que starta para a gente a importância das ações continuadas ao longo do ano. O Ministério da Saúde já instituiu políticas públicas, mas é importante lembrar: o combate à hanseníase deve ser de janeiro a janeiro”, destacou.

Eliana Melo, enfermeira e coordenadora do Programa Municipal de Hanseníase, explicou a gravidade da doença, que, apesar de ser tratável, ainda enfrenta desafios como o diagnóstico tardio. “A hanseníase é uma doença silenciosa. Inicialmente, o nervo comprometido provoca alterações de sensibilidade, e as manchas só aparecem em um estágio avançado. É essencial que a população se informe, observe o próprio corpo e procure atendimento ao identificar sinais suspeitos”, afirmou.

A hanseníase é causada por uma bactéria que se transmite pelo ar e afeta os nervos, podendo causar incapacidades físicas se não tratada a tempo. Segundo Eliana, o diagnóstico é feito por exame clínico, já que não há exames laboratoriais conclusivos. “Após a primeira dose do tratamento, que é fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde, a transmissão da doença é interrompida em cerca de duas semanas”, explicou.

Graciele Santos também destacou os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença. “Embora a bactéria tenha alto poder de infectividade, apenas uma pequena parcela das pessoas expostas adoece, dependendo de fatores como imunidade e condições de vida. Por isso, é importante identificar os determinantes e agir preventivamente.”

Desde 2018, a Rede Hans realiza iniciativas como o projeto “Espelho Meu”, que será retomado em abril deste ano em Ilhéus. O programa promove a busca ativa de casos e a capacitação de profissionais das unidades básicas de saúde. “Acreditamos em ações contínuas. Não basta uma campanha pontual; precisamos de um trabalho permanente para combater a hanseníase”, reforçou Graciele.

Ilhéus também conta com o Dia Municipal de Enfrentamento à Hanseníase, celebrado em 29 de abril, como parte das políticas públicas locais.

O Janeiro Roxo, além de conscientizar, é um lembrete de que a luta contra a hanseníase deve ser constante. Com esforços coletivos, informação e prevenção, é possível reduzir o impacto da doença e garantir tratamento adequado para todos.

Confira a entrevista completa:

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