Secretária detalha trabalho de busca ativa, parcerias e reintegração social desenvolvidos pela Prefeitura

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Sayonara Machado, falou sobre o desafio crescente do atendimento às pessoas em situação de rua em Ilhéus e as ações da Prefeitura para acolhê-las com respeito aos seus direitos. “Só podemos assisti-las se elas quiserem”, afirmou a secretária ao explicar que, apesar do aumento no número de pessoas em situação de rua, o atendimento respeita o direito de ir e vir garantido por lei, e depende da vontade dessas pessoas.

Sayonara destacou que uma equipe de abordagem realiza busca ativa e mapeamento dessa população, identificando suas necessidades e promovendo atendimento humanizado. Em parceria com a Defensoria Pública, são emitidos documentos para inclusão social, como registro de nascimento.

Para ampliar o suporte, a Prefeitura criou uma comissão e um comitê que reúnem diversas secretarias e a sociedade civil, incluindo ONGs que já atuam no tema, como Banho Solidário e Amor Sem Fim. A secretária ressaltou a importância dessas parcerias para fortalecer e organizar o atendimento.

No dia 28 de agosto, será realizada uma ação conjunta para verificar a situação vacinal, documentação e necessidades dessa população, com apoio da equipe do Centro POP, ponto de referência para o atendimento.

A secretária explicou que o trabalho da secretaria também busca reintegrar socialmente essas pessoas, que em muitos casos estão na rua devido a dependência química ou por escolha própria, mesmo tendo residência. “A lei não permite que a gente leve alguém coercitivamente para clínica ou para casa”, afirmou.

Apesar dos desafios, nove pessoas já foram reintegradas às suas cidades natais neste ano, após acolhimento e atendimento humanizado da equipe da Secretaria, que inclui assistentes sociais, psicólogos e orientadores sociais.

Sobre a origem das pessoas em situação de rua, Sayonara destacou que muitas vêm de outros municípios e estados, e que algumas não sabem como chegaram a Ilhéus. “Estamos mapeando e já identificamos 13 pessoas que desejam retornar, mas não têm os meios”, explicou.

Confira a entrevista completa: