Segundo os relatos de ouvinte do programa O Tabuleiro, há pessoas chegando de madrugada às unidades e encontrando as senhas já esgotadas antes do início do atendimento

Apesar do vídeoo divulgados pela Prefeitura de Ilhéus anunciando o fim das filas nas unidades de saúde, relatos de ouvintes do programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, apontam que o problema persiste. Durante entrevista ao programa nesta terça-feira (5), a secretária municipal de Saúde, Sonilda Melo, respondeu às queixas de pacientes que continuam enfrentando longas esperas e madrugadas em frente aos postos para conseguir atendimento. “Hoje, por exemplo, tínhamos vagas ociosas: angiologista com 6 vagas sobrando, ortopedista com 28, urologista com 18, tomografia com 20, mamografia com 27. E isso não é de hoje. Temos registrado vagas ociosas todos os dias”, afirmou a secretária, ao apresentar dados atualizados durante a entrevista.

Diante das reclamações enviadas por ouvintes, Sonilda reconheceu que é necessário apurar o que está ocorrendo na ponta do sistema. “Nós já estamos chamando todos os marcadores e vamos reunir a coordenação da regulação para entender o que está acontecendo. Não posso afirmar se está havendo boicote, privilégio ou desinformação. Mas quero entender.”

Segundo os relatos apresentados no programa, há pessoas chegando de madrugada às unidades e encontrando as senhas já esgotadas antes do início do atendimento, o que levanta suspeitas entre os pacientes. Alguns ouvintes chegaram a afirmar que senhas estariam sendo direcionadas previamente para determinados usuários, mas a secretária ponderou: “Se for verdade, é grave, mas precisamos apurar com responsabilidade.”

Sobre o setor de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), Sonilda garantiu que já houve aumento na quantidade de fichas e que não há necessidade de madrugar no local. “As meninas chegam por volta de 7h30, distribuem as fichas, e por volta das 9h, não tem mais ninguém no TFD. As pessoas estão se arriscando à toa indo de madrugada. Não precisa.”

A secretária ressaltou que, embora algumas especialidades sigam com déficit de profissionais, a maioria dos serviços conta com vagas disponíveis. “Se temos vagas sobrando e pessoas ainda enfrentando fila, alguma coisa está errada. E vamos investigar para corrigir.”

Confira a entrevista completa: 

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