“A GENTE QUER TRANSFORMAR SERRA GRANDE EM UM POLO GASTRONÔMICO”, AFIRMA CRIS ROSA SOBRE O FESTIVAL DE ARTE E GASTRONOMIA
Chef conta como a ideia nasceu após viagem a Tiradentes e celebra a construção coletiva do evento
A sétima edição do Festival de Arte e Gastronomia de Serra Grande, que acontece nesta sexta (12) e sábado (13), foi tema da entrevista da chef Cris Rosa no programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quinta-feira (11). A conversa, conduzida por Vila Nova, destacou a programação deste ano, os chefs confirmados e, principalmente, a história do surgimento do festival, contada com emoção por Cris.
A chef explicou que antes da abertura oficial, às 17h30 nesta sexta-feira (12), haverá atividade para crianças, atrações artísticas, música, gastronomia e muita gente da comunidade envolvida. “Aproveite no final de semana, em Serra Grande”, reforçou.
Questionada por Vila Nova sobre quantos estandes participam diretamente do evento, Cris afirmou que serão 12 chefs de cozinha, “grandes nomes da nossa gastronomia regional”, citando Dani Façanha, André Cabral, Nena do Txai Resorts, Elma do Varanda e Wendel, do Resort Tororomba. Ela destacou que os profissionais participam efetivamente do festival, levando suas próprias receitas e colaborando com o projeto. Também ressaltou a presença de alunos formados por suas ações de capacitação.
Além dos chefs, o evento contará com 40 inscritos da gastronomia e 21 artesãos, além das mulheres criativas da comunidade, que levarão peças e produtos próprios. “Tem muita coisa no festival. Não é só comida e música, vai muito além. Tem atividade para crianças, tem uma criança dando aula”, afirmou.
Sobre o tema desta edição, a chef explicou: “Nosso tema esse ano é Sol, jangada e cacau. Uma coisa bem regional.” Ela frisou a importância de valorizar o pescador, que ainda utiliza jangada na região, e o cacau, abundante e símbolo local. Contou ainda que no curso técnico que coordena, o cacau é aproveitado por inteiro: “A gente usa casca, faz pão, vinagrete, carpaccio… não só o nibs.”
O momento mais marcante da entrevista veio quando Vila Nova perguntou como o festival começou. Cris contou que a iniciativa nasceu da união de moradores da vila: “Serra Grande é um local que tem muita civilidade, uma sociedade muito organizada.” Ela lembrou que um grupo de 38 pessoas, acompanhadas de lideranças comunitárias, viajou para Tiradentes (MG) em busca de inspiração. “Lá todo mês tem um festival. De lá a gente saiu com a ideia de trazer isso para Serra Grande. Nosso sonho é transformar Serra Grande em um polo gastronômico. Quem quiser comer comida boa, uma cidade modelo.”
Mas o caminho não foi fácil. “Só que aí tem muitos desafios. De 60 pessoas ficaram duas: eu e Déia”, revelou, citando Déia Lopes, coidealizadora do festival e também chef da região. “E a gente ficou lutando. Todo ano pedindo apoio… acreditando no propósito.” Ela lembrou que apenas a estrutura da última edição, em 2023, custou R$ 148 mil. Sobre apoio institucional, resumiu: “O município tem colaborado. O Estado, infelizmente, ainda não. Mas vai chegar a vez dele.”
Cris reforçou que o festival nasceu como resposta à sazonalidade da região, criando movimento econômico e cultural fora do verão: “É necessário que tenha esses grandes eventos de arte, cultura e gastronomia.”
O evento oficial será realizado na Praça Principal de Serra Grande, com aulas gratuitas na Cozinha Show, barracas, artesanato, música e expectativa de grande público.
Confira a entrevista completa:
Deixe seu comentário para “A GENTE QUER TRANSFORMAR SERRA GRANDE EM UM POLO GASTRONÔMICO”, AFIRMA CRIS ROSA SOBRE O FESTIVAL DE ARTE E GASTRONOMIA