“DESÁGIO NO CACAU É NEFASTO” ALERTA HENRIQUE ALMEIDA. “SÓ NOS 15% DA SAFRA QUE AINDA NÃO FORAM COMERCIALIZADOS, O IMPACTO CHEGA A R$ 208 MILHÕES”

Região produtora da Bahia pode perder até R$ 208 milhões com práticas de mercado injustas, afirma Henrique Almeida
Em entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quinta-feira, 16 de janeiro, o cacauicultor Henrique Almeida fez duras críticas ao deságio imposto sobre o preço do cacau, classificando a prática como “nefasta”. Henrique alertou que essa política, aplicada por grandes indústrias, prejudica não apenas os produtores, mas toda a economia regional. “A arroba de cacau deveria ser vendida por R$ 999, mas está sendo comprada por R$ 816, muito abaixo do preço de mercado. Só nos 15% da safra que ainda não foram comercializados, o impacto chega a R$ 208 milhões, dinheiro que deixa de circular na região e prejudica comerciantes, trabalhadores e famílias inteiras”, afirmou.
Henrique destacou a gravidade da situação, apontando que o problema se agrava com a falta de mobilização das lideranças do setor e com a postura das grandes federações agrícolas.
Para ele, é necessário unir forças para combater o que chamou de cartel: “Quando há ágio, é porque falta produto, o que é natural na livre concorrência". Vila Nova questionou se isso não seria um cartel e lembrou que cartel é crime. Henrique confirmou e disse que Isso precisa ser enfrentado.
O cacauicultor ainda sugeriu que uma alternativa seria a criação de cooperativas de produtores para fortalecer a produção de chocolate de qualidade na região. Ele também criticou a dependência da indústria nacional de cacau importado, muitas vezes produzido em condições de exploração na África. “Precisamos transformar nossa produção aqui, gerar valor e impactar a economia local de maneira positiva".
Henrique encerrou alertando que é preciso agir o quanto antes, para que a região não perca uma oportunidade histórica de recuperação.
Confira a entrevista completa:
Resposta de Jose Carlos Torres
A situação está assim , justamente por não temos lideranças , somos muitos e a grande maioria esperando alguém fazer algo . Kd a CNA , Faeb ( até os sindicatos)) deixaram de existir, deputados ( nossa região não tem representantes ) . Não temos sucessores . Felizmente existe alguns poucos abnegados .
★ ★ ★ ★ ★ Em 17-01-2025 às 11-12h 5Resposta de Nestor de Souza Linhares
Henrique, você que foi Presidente da APC, agora tem que participar da ANPC e com.sua vasta experiência, com argumentos para via judicial dá um basta, ANPC já tem advogado para essa causa. Abraço
★ ★ ★ ★ ★ Em 16-01-2025 às 22-10h 5