“ESTAMOS VIVENDO UM MOMENTO ÍMPAR NA HISTÓRIA DE ILHÉUS”, DIZ JOSÉ NAZAL SOBRE REVISÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

Historiador destaca a importância da participação popular nas oficinas e audiências públicas que ocorrem até o dia 11 de julho
Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta terça-feira (8), o historiador José Nazal classificou como histórico o momento vivido por Ilhéus com a realização das oficinas e audiências públicas do Plano Diretor Participativo do município (PDPI). Segundo ele, está em curso a construção do sexto Plano Diretor da cidade, o que representa uma oportunidade rara de participação popular no planejamento urbano.
“Estamos vivendo um momento ímpar na vida da história de Ilhéus, quando a gente está elaborando o sexto plano diretor da cidade, revisando o atual”, afirmou Nazal, ao lembrar que o município tem um histórico de elaboração de planos desde a década de 1930.
As atividades do PDPI seguem até o dia 11 de julho com encontros abertos à população. Além das oficinas públicas, também estão sendo realizadas reuniões com segmentos diversos da sociedade. A programação completa do PDPI inclui três audiências públicas e cinco reuniões segmentadas, todas abertas à população. “Essa é uma oportunidade que não pode ser perdida. Depois, as pessoas reclamam, mas o momento de contribuir é agora”, destacou.
Nesta terça-feira, está acontecendo, desde às 9h, um encontro com o segmento do Comércio, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Ilhéus. Mais tarde, às 18h, uma oficina será realizada no mesmo local. Já amanhã, dia 9 de julho, às 14h, a reunião será com o segmento do turismo, e, à noite, a audiência pública ocorrerá na Faculdade de Ilhéus. No dia 10 de julho, o encontro será com arquitetos e engenheiros na Faculdade de Ilhéus. E, na sexta-feira, dia 11, no Sindicato Rural com os produtores rurais.
Nazal reforçou a importância da mobilização popular: “É o momento de levar as suas considerações, críticas e sugestões para quem importa, para que tenhamos uma cidade cada vez melhor para todos”.
Ele explicou que o plano atual, aprovado em 2016, já deveria ter sido revisado, mas a atualização só está sendo feita agora, com execução da empresa Myr, contratada pela BAMIN. “Agora estamos na etapa de proposição, com a apresentação de um novo macrozoneamento e zoneamento urbano”, explicou.
O historiador também destacou que o Plano Diretor é a “lei master” da cidade. “Ele norteia o crescimento urbano, define áreas prioritárias, de restrição, de interesse social, ambiental e agroflorestal. Todos os municípios com mais de 20 mil habitantes ou que estão no litoral, como Ilhéus, são obrigados por lei federal a ter um Plano Diretor”.
Ao comentar a baixa participação em número de pessoas na audiência da noite anterior, realizada no CEEP Nelson Schaun, na zona norte, Nazal minimizou: “Quantidade não é qualidade. Às vezes você não tem quantidade, mas tem qualidade na discussão, qualidade na proposta. E ontem foi isso. Algumas questões novas foram apresentadas, que não tinham aparecido nas discussões anteriores”.
Sobre os desafios da cidade, ele chamou atenção para o crescimento acelerado da zona sul, especialmente sem o devido planejamento para áreas de convivência e lazer. “Quantas praças estão sendo pensadas? Quais são as áreas previstas para comércio? A gente precisa pensar em parques, em espaços de convivência quando há esse crescimento rápido”, alertou.
Nazal ainda elogiou o envolvimento da atual gestão: “A empresa Myr teve o cuidado de reunir com o prefeito Valderico ainda na transição. E ontem mesmo tivemos secretários do governo participando das discussões. O governo agora, pelo menos, está se movendo”.
Confira a entrevista completa:
Deixe seu comentário para “ESTAMOS VIVENDO UM MOMENTO ÍMPAR NA HISTÓRIA DE ILHÉUS”, DIZ JOSÉ NAZAL SOBRE REVISÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO