Secretaria de Qualificação, Emprego e Renda trabalha para reduzir desigualdades digitais e preparar trabalhadores para o novo cenário tecnológico

Durante entrevista ao comunicador Vila Nova, no programa O Tabuleiro da Ilhéus FM, nesta sexta-feira (14), o secretário de Qualificação, Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, Magno Lavigne, explicou como a pasta tem lidado com os impactos das novas tecnologias no mundo do trabalho.

Segundo ele, o principal desafio é a desigualdade de acesso às ferramentas digitais. “A primeira coisa é o seguinte: você tem um problema. No mesmo tempo que você tem a tecnologia evoluindo, você tem, por outro lado, uma parte dos trabalhadores sem acesso a nenhuma tecnologia. Esse é que é o grande problema.”

O secretário destacou que, apesar de muitos utilizarem redes sociais, isso não significa dominar a tecnologia. “O Ministério das Comunicações fez uma pesquisa: 75% das pessoas que dizem que sabem informática não conseguem mandar um e-mail. A pessoa acha que rede social é conhecimento da tecnologia por trás da rede. Não é.”

Para enfrentar essa disparidade, o Ministério aposta em programas de qualificação que incluem desde o básico até conteúdos avançados. Ele afirma que todos os cursos ligados ao Programa Manoel Quirina, independentemente da área, devem incluir letramento digital. “É um curso de padeiro? Tem que ter aula de letramento digital no mínimo. Temos que ensinar as pessoas a entender como manda um link.”

Magno também comentou sobre sua própria necessidade de atualização constante. “Nossos conhecimentos têm prazo de validade. Outro dia eu estava me batendo para fazer uma apresentação. Aí fui na Escola do Trabalhador e fiz o curso para PowerPoint com as novas tecnologias.”

O secretário reforça que a tecnologia já modifica profundamente setores como construção civil, planejamento, apresentações, produção de energia e processos administrativos. Para ele, o papel do governo é garantir que nenhum trabalhador fique excluído. “Se você não dá às pessoas as ferramentas de tecnologia, você está tirando a pessoa do mercado.”

Confira a entrevista completa:

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