“HÁ AMBIENTE DE NEGÓCIOS PARA A FRUTICULTURA BAIANA AVANÇAR NA EUROPA E NA ÁFRICA”, DIZ SUPERINTENDENTE DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA BAHIA

Em entrevista à Ilhéus FM, Alisson Gonçalves destacou o papel da agropecuária no crescimento do PIB da Bahia e apontou novos mercados internacionais para as frutas produzidas no estado
O superintendente de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Alisson Gonçalves, participou nesta terça-feira (16) do programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, conduzido pelo comunicador Vila Nova. Durante a entrevista, o gestor falou sobre os impactos do chamado “tarifaço” para a indústria e explicou de que forma a agropecuária, especialmente a fruticultura e a soja, se consolidou como principal força da economia baiana em 2024. “O carro-chefe do crescimento do PIB da Bahia em 2024 foi a agropecuária”, afirmou Gonçalves. Segundo ele, o setor alcançou um PIB de 44 bilhões de dólares, com destaque para a fruticultura do Vale do São Francisco, maior polo produtor de frutas do país, envolvendo Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), e a soja produzida no oeste da Bahia, em municípios como Luís Eduardo Magalhães, Correntina e Livramento. “Essas regiões foram responsáveis por cerca de 50% do PIB da agropecuária no estado”, completou.
O superintendente também detalhou os desafios enfrentados pelos produtores diante da alta taxação nos Estados Unidos, que impactou setores como a pecuária e a fruticultura. “Quando a carne bovina ou a manga baiana encontram barreiras no mercado americano, o produtor se vê obrigado a buscar alternativas. Isso afeta desde o preço interno até a empregabilidade, porque muitas vezes a primeira medida do empresário para equilibrar as contas é demitir”, explicou.
Gonçalves ressaltou o esforço conjunto do governo estadual e federal para minimizar prejuízos e abrir novas frentes comerciais. Ele lembrou o trabalho do Instituto Mosca Média, em parceria com a ADAB, a Abras Frutas e o Sebraetec, que garante o controle da praga da mosca-das-frutas por meio do tratamento hidrotérmico exigido pelo mercado americano. “Esse processo garante a qualidade da manga e da uva exportadas, o que fortalece a confiança internacional na produção baiana”, destacou.
Ao ser questionado por Vila Nova sobre a possibilidade de novos mercados para as frutas, Alisson Gonçalves afirmou: “Há ambiente de negócios para a fruticultura baiana avançar na Europa e na África. A União Europeia já importa parte da nossa produção, e países como a Argélia têm necessidade de mais de 80 itens que lá não se produzem. Isso abre oportunidades para que a fruticultura do norte da Bahia expanda suas exportações.”
O superintendente também apontou que, além da Europa, a China e Portugal estão entre os parceiros estratégicos para o fortalecimento das exportações baianas. Segundo ele, esses mercados são fundamentais não apenas para escoar a produção, mas também para atrair investimentos em setores como energia renovável, em que a Bahia tem se destacado como potência nacional com parques eólicos e solares.
“A crise também se transforma em oportunidade”, disse Gonçalves, lembrando que o estado está construindo caminhos para se consolidar no cenário internacional. “A Bahia tem autoridade para falar com o mundo inteiro e entregar aquilo que produz em abundância, com qualidade e sustentabilidade.”
Confira a entrevista completa:
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