“MUITAS PROFISSÕES SERÃO EXTINTAS E OUTRAS SERÃO CRIADAS”, DESTACA SECRETÁRIO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, MAGNO LAVIGNE, SOBRE IMPACTO DA TECNOLOGIA NO EMPREGO
Secretaria aposta em qualificação e identificação de habilidades para recolocar trabalhadores em novas funções
Em sua conversa com Vila Nova, o secretário de Qualificação, Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, Magno Lavigne, analisou como a evolução tecnológica tem transformado profissões e exigido novas competências. Ele recordou sua própria experiência no banco Bamerindus para mostrar como as mudanças já aconteciam há décadas. “No Bamerindus tinham 89 funcionários na agência. Quando saí em 93, já tinham 39. Essa evolução das mudanças de profissão já vem. As ações tecnológicas vêm mudando.”
Diante desse cenário, Magno afirma que a função do governo é preparar os trabalhadores para as novas oportunidades. “O que é que tem que fazer com essas pessoas? Nós temos que dar as ferramentas para que elas ocupem os novos espaços que estão surgindo.”
Ele ressaltou que surgiram profissões que antes não existiam. “Ninguém falava de uma profissão digital. Não existia digital influencer, por exemplo.”
Para lidar com essa transição, o Ministério tem adotado estratégias baseadas em soft skills, habilidades que já existem em trabalhadores de diferentes áreas. “Hoje, as pesquisas de profissionais são feitas a partir das habilidades. É mais fácil pegar um radialista e ensinar ele a ser vendedor, porque ele já tem a eloquência da conversa.”
Magno explicou que o governo está usando inteligência artificial para identificar perfis profissionais adequados às novas demandas, como a estruturação de redes de transmissão de energia. “Estava faltando 10 mil montadores de torres e 2.500 eletricistas. A gente foi atrás de estudantes de educação física, porque é mais fácil ensinar o cara a soldar do que a subir.”
Ele também exemplificou como a tecnologia permitiu transformações como o trabalho remoto e a expansão dos serviços por videoconferência. “Hoje conheço um setor gigantesco em emprego, o de teleserviços, em que 40% dos trabalhadores já trabalham em casa.”
Sobre o futuro, Lavigne é direto: “Muitas profissões serão extintas e outras serão criadas a partir das tecnologias.”
O secretário destacou o papel do Ministério em capacitar trabalhadores para essas novas funções e garantir que ninguém fique para trás.
Confira a entrevista completa:
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