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“NÓS NÃO VIVEMOS APENAS, NÓS EXISTIMOS” DIZ DIÁC. RODRIGO DIAS SOBRE O LIVRO O SABOR DAS COISAS QUE FICAM

“NÓS NÃO VIVEMOS APENAS, NÓS EXISTIMOS” DIZ DIÁC. RODRIGO DIAS SOBRE O LIVRO O SABOR DAS COISAS QUE FICAM
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 30/09/2025 11h13

Diácono e escritor fala sobre memórias afetivas, fé, luto e amizade em entrevista ao programa O Tabuleiro da rádio Ilhéus FM

O escritor e diácono Rodrigo Dias concedeu entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta terça-feira (30), com apresentação do comunicador Vila Nova, para falar sobre seu mais recente trabalho, "O sabor das coisas que ficam". Durante a conversa, Rodrigo destacou que a obra nasceu de reflexões profundas sobre a vida, a memória e o luto.

“Tem a ver com as relações afetivas, tem a ver com literatura, tem a ver com o nosso pertencimento ao mundo. Nós não vivemos apenas, nós existimos. E a nossa existência exige da gente um prolongamento afetivo, uma memória afetiva”, explicou o escritor. Ele lembrou que o romance, seu quinto livro, foi gestado durante a pandemia, período marcado por perdas e pela dificuldade de viver o luto de forma plena.

Rodrigo contou que o livro é ambientado em diferentes cenários religiosos e culturais: Bom Jesus da Lapa, Belém do Pará e Roma, na Itália. “São espaços que representam não apenas a fé católica, mas uma experiência espiritual que transcende os limites geográficos das igrejas”, disse. O enredo gira em torno de personagens que enfrentam diferentes formas de luto, como João, que perde a companheira Isabel para o câncer, e Helena, surpreendida pela morte repentina de Arthur, seu parceiro.

Ao falar sobre a capa do livro, uma fotografia de Noilton Pereira, Rodrigo emocionou-se ao recordar a avó, a quem dedica a obra. “Ela coava o café com um coador de pano, e o aroma não só tomava as narinas, mas o coração. Qualquer pessoa que chegasse em casa era recebida com esse gesto de afeto”, contou. A imagem, segundo ele, simboliza a essência do livro: memórias afetivas que permanecem.

Além da narrativa literária, a obra incorpora recursos interativos, como QR Codes que levam o leitor a trilhas sonoras, poemas declamados e até receitas tradicionais. “A ideia era aguçar todos os sentidos, trazer a memória do café, do bolinho de chuva, da cocada e dos sabores que nos identificam”, disse o escritor, ressaltando que o tema transversal do livro é a amizade.

Rodrigo também destacou a parceria com a editora Nocego, responsável pela publicação, e falou com entusiasmo sobre a tradução da obra para o espanhol e o italiano. “Sou filho de trabalhadores rurais, oriundo de escola pública, e ter um livro traduzido pela Universidade de Santiago do Chile é uma alegria imensa. Também será lançado em Roma no próximo ano, em um encontro de diáconos”, revelou.

O lançamento oficial de O sabor das coisas que ficam em Ilhéus está marcado para o dia 3 de outubro, às 18h, na Academia de Letras de Ilhéus.

Confira a entrevista completa:

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