Projeto Pré-Enem Milton Santos oferece aulões aos sábados em Ilhéus com professores voluntários de todas as áreas do conhecimento

Na entrevista concedida nesta quinta-feira, 18 de setembro, ao programa apresentado por Vila Nova, o professor Eduardo Regis destacou a importância do cursinho gratuito Pré-Enem Milton Santos, voltado para estudantes que se preparam para o exame nacional.

Segundo ele, a iniciativa nasceu da união de movimentos sociais, como o Movimento Negro Unificado (MNU) e a Escola de Formação de Agentes Negros (EFAM), com apoio da Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI).

As aulas acontecem todos os sábados, das 13h30 às 17h, no auditório da APPI, em formato de aulões intensivos. “Você tem um aulão, quatro horas a aula, o professor vai lá, a professora, né? Dá um treinamento, foco no Enem, trabalha questões focadas em sua área do conhecimento para o Enem. Sim, é gratuito, todos os sábados, até o dia 1º de novembro, porque dia 8 já é o Enem”, explicou Regis.

Além do conteúdo, há momentos de integração. “Os alunos vão, tem uma parte mais cultural para dar uma relaxada, um lanchinho que a gente articula para quatro horas de aula com o professor para dar um relax. Tem uma página também do cursinho, e ali o professor envia materiais para guiar apoio ao alunado”, acrescentou.

O professor ressaltou ainda o caráter voluntário do projeto. “Todos os professores são voluntários. Em todos os campos do conhecimento teremos aulas de professores e professoras voluntários”, disse.

Em um mês de funcionamento, o cursinho já reúne cerca de 20 estudantes, mas o espaço comporta mais. “A meta é chegarmos, quem sabe, uns 50, 30, 40 alunos. Para participar basta ir na aula”, destacou.

Durante a entrevista, Eduardo Regis também explicou a escolha do nome do projeto. “Milton Santos foi um professor, dos maiores geógrafos do Brasil, do mundo. Ele ganhou o prêmio Nobel de Geografia. Nasceu em Cachoeira, homem negro de Cachoeira. Foi professor da USP, escreveu vários livros fantásticos, sobretudo sobre outra perspectiva da globalização”, lembrou.

Confira a entrevista completa:

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