“É UMA FESTA LINDA DE PROTAGONISMO JUVENIL”, DIZ PRODUTORA SOBRE O 1º FESTIVAL LITERÁRIO ESTUDANTIL DO LITORAL SUL

Evento acontece nos dias 10 e 11 de julho, no Colégio Arléo Barbosa, em Ilhéus, com programação gratuita e voltada para todas as idades
A produtora executiva do Festival Literário Estudantil do Litoral Sul (FLIE), Fabiana Valéria, anunciou em entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta sexta-feira (27), os detalhes da primeira edição do evento, que acontece nos dias 10 e 11 de julho no Colégio de Tempo Integral Professor Carlos Roberto Arléo Barbosa, em Ilhéus.
Segundo Fabiana, o FLIE é um projeto construído com protagonismo estudantil, envolvendo desde crianças da educação infantil até universitários. “O protagonismo é estudantil, mas é um festival para todos”, afirmou. A expectativa é de que cerca de quatro mil pessoas circulem pelo local durante os dois dias de atividades, que acontecerão das 9h às 20h.
A programação do festival inclui oficinas, rodas de conversa, lançamentos de livros, apresentações de dança, capoeira, filmes, batalhas de slam e rima, além de feira de livros, agricultura familiar e editoras. Um dos destaques é o “Fliezinho”, espaço dedicado à literatura infantil, com contação de histórias e autores voltados ao público mirim.
O tema desta primeira edição é “Africanidades: ler é ancestral. Tecnologia de resistência”, e, segundo a produtora, foi escolhido pelos próprios alunos da Escola Arléo Barbosa, que participaram da elaboração do projeto desde julho do ano passado. “Todas as oficinas e rodas de conversa partem da curiosidade dos alunos. Eles estão envolvidos na construção desse projeto desde o início.”
Entre os nomes confirmados estão a escritora Eliana Alves Cruz, vencedora do Prêmio Jabuti, o coreógrafo e diretor ilheense Zebrinha — que também apresentará um filme —, a repórter Tarsilla Alvarindo, que abordará o protagonismo da mulher negra na mídia, e o artista Jef Rodrigues, que vem do Rio de Janeiro para apresentar seu trabalho solo.
Fabiana ressaltou ainda o compromisso do evento com a valorização e remuneração dos participantes, incluindo os artistas locais. “Os grandes festivais oferecem espaço, mas não remuneram as pessoas da casa. Isso é exploração. A arte não é bico. Os artistas vivem da arte, os escritores vivem da escrita. O nosso conhecimento precisa ser remunerado.”
Segundo ela, todos os participantes, inclusive os monitores — estudantes do próprio Arléo Barbosa —, receberão pagamento pelo trabalho. “É a remuneração possível, mas é um passo importante para mudar essa cultura.”
O evento terá também a participação do grupo Afro Gongombira e contou com um chamamento público para contemplar autores independentes e editoras, ampliando a diversidade da programação. “Por melhor que seja a curadoria, existem pessoas que ainda não estão na cena, mas que têm muito a contribuir”, pontuou Fabiana.
Por fim, ela destacou a mobilização regional do festival. “Não é só de Ilhéus. Estamos envolvendo escolas de Itacaré, Una, Canavieiras, até São José da Vitória. Precisamos trazer esse público e mostrar que literatura também é lugar de alegria, cor e diversão.”
Confira a entrevista completa:
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