Presidente do PT de Ilhéus destacou consenso interno e alianças políticas como chaves para as próximas eleições

Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, o presidente do PT de Ilhéus, Ednei Mendonça, foi questionado pelo comunicador Vila Nova sobre a possibilidade de Adélia Pinheiro se candidatar a deputada estadual ou federal em 2026. A resposta de Ednei reforçou a importância de decisões pautadas pelo consenso interno no partido e pela articulação com a base do governo estadual. “Alguma coisa vai acontecer, e vai acontecer com um consenso construído internamente no PT e, na medida do possível, dentro da base do governo do Estado”, afirmou o presidente, destacando que o debate sobre uma possível candidatura será conduzido de forma estratégica.

Quando perguntado se o PT de Ilhéus considera interessante que Adélia se candidate, Ednei foi direto: “A maioria das pessoas com quem tenho conversado acha que ela deve ser candidata a deputada.”

Sobre os compromissos políticos assumidos por Adélia com deputados estaduais e federais que apoiaram sua candidatura à prefeitura, Ednei destacou que qualquer movimento será bem conversado. Ele lembrou o papel de lideranças como Josias Gomes e Rosemberg Pinto na consolidação da candidatura de Adélia em 2024.“Adélia, em todos os momentos que fala conosco, expressa gratidão por figuras como Josias e Rosemberg, que ajudaram a construir toda essa interlocução dentro da base do governo e do PT”, explicou.

Além disso, Ednei ressaltou a relevância de partidos da base aliada, como o PSB, que possivelmente terá Bebeto Galvão como candidato. Segundo ele, o apoio mútuo dentro da estrutura do governo será fundamental para o equilíbrio entre os interesses do PT e de seus parceiros.

Apesar das discussões sobre 2026, Ednei revelou que o maior desejo do partido é ver Adélia como prefeita de Ilhéus em 2028. “Ela não foi candidata a prefeita para ser candidata a deputada. Ela foi candidata para ganhar a prefeitura de Ilhéus. Nós queremos construir isso para 2028”, declarou.

Ele também relembrou o caso de Carmelita em 2012, apontando lições do passado que devem ser consideradas na condução das próximas decisões. “A história está aí para olharmos no retrovisor e não repetirmos. Por exemplo, em 2012, Carmelita teve quase 30 mil votos, e Rui Costa sugeriu que ela fosse candidata a deputada. Nós não entendemos isso na época. Nós formamos um campo político que Carmelita se comprometeu com Josias, que era deputado dela. Nós demos essa palavra quando formamos a nossa aliança. A própria Carmelita, na época, disse: 'não vou descumprir aquilo que eu acordei, e vou manter a palavra'. E talvez isso tenha deixado ela de fora da disputa em 2014, e em 2016, por conta de uma conjuntura nacional, ela tenha chegado no processo eleitoral, muito fragilizada", contou.

Confira a entrevista completa:

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