Gestor público alerta que, além da qualificação, é essencial que os secretários conheçam as comunidades e dialoguem com a população

Durante entrevista ao comunicador Vila Nova no programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quinta-feira (26), Alisson Gonçalves, membro do PSB e superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, compartilhou sua análise sobre os desafios do futuro governo de Valderico Junior, que assume a prefeitura de Ilhéus na próxima semana.

Ao ser questionado sobre sua visão do futuro governo, Alisson foi direto: “Estamos todos no mesmo barco, a aeronave é uma só, o piloto da vez, a partir da próxima semana, será ele. Nós não podemos torcer para dar errado”. Ele destacou que o plano da nova gestão aparenta ser “tecnocrata”, com a escolha de pessoas com bons currículos para compor a equipe.

Entretanto, o gestor público chamou atenção para a necessidade de que a técnica seja subordinada à política, no sentido de cuidar das pessoas. “Os técnicos precisam servir à política, e a política, no maior conceito, como dizia o maior jurista baiano, Rui Barbosa. É a arte de gerir, de transformar e cuidar da vida das pessoas”, disse.

Alisson também pontuou que as áreas críticas da cidade, como transporte público, saúde e habitação, precisam de atenção prioritária. Ele mencionou problemas recorrentes, como ônibus quebrados, ausência de transporte nas comunidades rurais nos fins de semana, além das dificuldades causadas pelas características geográficas da cidade, que sofrem com as chuvas torrenciais. “Isso tudo não pode agora ser colocado na conta do prefeito eleito. Claro que não. Nós não somos irresponsáveis de pensar que sim. Ele ainda está finalizando a transição e vai fazer coletiva amanhã. Espero que os veículos de comunicação façam as perguntas necessárias para obter as respostas que a população espera”, afirmou.

Por fim, Alisson ressaltou a importância de uma gestão próxima das comunidades, mencionando bairros e localidades específicas, como Cuipe de Cima, Meio de Baixo, Maria Jape e Campinhos. Para ele, o diálogo com a população é essencial: “Não dá para fazer gestão sem auscultar as pessoas. Que Valderico tenha tempo, habilidade e apoio para construir as soluções que ele prometeu para os problemas históricos de nossa terra”.

Confira a entrevista completa:

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