Declaração de Roberto Maltez contrasta com relatos da população e da imprensa, que afirmam não ter havido isolamento em nenhum momento

Durante coletiva de imprensa em Ilhéus, nesta quinta-feira (28), o chefe de gabinete do Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT), Roberto Maltez de Oliveira Filho, rebateu as informações de que a cena do crime onde três mulheres foram assassinadas não teria sido isolada. “Todas as perícias de locais foram realizadas, seguindo todos os ritos, todos os protocolos. Os laudos foram expedidos, foram realizadas três perícias. O que acontece agora é que existem exames periciais que foram coletados no local e estão sendo realizados, alguns lá na sede de Salvador. Esses exames necessitam de uma complexidade um pouco maior, são exames que têm seguido um protocolo técnico-científico. Por conta disso, existe um ápice temporal para esses exames ficarem prontos. E assim que esses exames já tiverem conclusos, serão encaminhados às autoridades requisitantes para subsidiar o inquérito.”

Em seguida, o comunicador Vila Nova perguntou se o fato de a área do crime não ter sido isolada poderia ter feito com que o DPT perdesse algum material que ajudasse a elucidar o crime. “Olha, essa informação que você está me trazendo é nova. Até onde eu sei, o local. A perita, inclusive, consta em laudo essa informação. E todo o trabalho foi realizado. No laudo, inclusive, muito bem feito pela doutora Carla, subsidiando esse trabalho. E, mais uma vez, reforço, a Polícia Técnica tem trabalhado diuturnamente, de maneira incansável, para ajudar na elucidação desse crime.”

A fala do representante do DPT, contudo, contrasta com os relatos da população e da imprensa local, que afirmam não ter visto nenhum isolamento na área em nenhum momento. Essa divergência também aparece nos próprios registros da investigação, que apontaram falha na preservação do local.