Empresa afirma que operações seguem normas ambientais e que medidas cabíveis serão adotadas

Após a publicação da reportagem que noticiou a notificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinando a suspensão imediata do descarte irregular de sedimentos no mar, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA) se manifestou por meio de uma nota enviada ao portal O Tabuleiro. A empresa reafirma que todas as atividades da dragagem de manutenção do Porto de Ilhéus estão sendo conduzidas dentro das normas ambientais e que as operações possuem autorizações do Ibama e da Marinha do Brasil.

A reportagem trouxe detalhes da notificação emitida pelo Ibama, que apontou evidências de que o despejo dos sedimentos estava ocorrendo fora da área autorizada. No documento oficial, o órgão ambiental exigiu a interrupção imediata da atividade irregular e solicitou que a CODEBA apresentasse, em até sete dias, um relatório detalhado sobre os descartes já realizados.

Na manifestação oficial, a CODEBA informou que está apurando os fatos junto às empresas responsáveis pela execução e fiscalização do serviço de dragagem:

"Diante de denúncias sobre descarte irregular, a CODEBA, seguindo orientações do IBAMA, está apurando os fatos junto às empresas responsáveis pela execução e fiscalização do serviço de dragagem, para adoção de medidas cabíveis."

As denúncias sobre o descarte de sedimentos ganharam grande repercussão desde o dia 17 de fevereiro, quando o mergulhador e pescador Fernando Filho alertou, no programa O Tabuleiro, que os resíduos estavam sendo despejados sobre uma barreira de coral. O caso mobilizou pescadores, ambientalistas e representantes do turismo náutico, que realizaram um protesto no dia 22 de fevereiro próximo ao Porto de Ilhéus.

Com a notificação do Ibama e a resposta da CODEBA, a expectativa agora é que as investigações avancem e que haja maior transparência sobre o processo de dragagem e seus impactos ambientais.