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ESTUDANTE DA UESC PESQUISA A CURA PARA O MAL DE PARKINSON

ESTUDANTE DA UESC PESQUISA A CURA PARA O MAL DE PARKINSON
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 19/12/2019 10h49
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ESTUDANTE DA UESC PESQUISA A CURA PARA O MAL DE PARKINSON..

O estudante Eliseu da Cruz Moreira Junior, no quarto ano, do curso de Medicina, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) durante o intercâmbio nos Estados Unidos, na University of Mississippi-Medical Center. Lá, desenvolveu uma hipótese sobre a gênese da Doença de Parkinson (Mal de Parkinson), Hyper-serotonergic state determines onset and progression of idiopathic Parkinson’s disease (Estado hiper-serotoninérgico determina início e progressão da doença de Parkinson idiopática), publicada na revista americana Medical Hypothesis, da Elsevier.

A hipótese escrita por Eliseu é única, por que foi primeira a correlacionar uma possível alteração na liberação de um neurotransmissor específico causando a morte axonal. Segundo o estudante, “apesar de décadas de pesquisa sobre a doença de Parkinson, a etiologia (estudo da causa) dessa doença permanece incerta. O artigo introduz uma nova hipótese, propondo um estado hiper-serotoninérgico como o principal mecanismo que leva ao comprometimento axonal, tanto nos neurônios dopaminérgicos quanto nos serotoninérgicos na doença de Parkinson.”

– A serotonina parece ser um candidato promissor para explicar vários dos sintomas precoces pouco compreendidos da doença de Parkinson, incluindo comprometimento do sono, ansiedade, alteração da motilidade gastrointestinal e alucinações – observa.

A hipótese desenvolvida por Eliseu enfatiza que um estado hiper-serotoninérgico causaria inicialmente interrupção do transporte axonal, um estado agudo no qual as alterações axonais são reversíveis e o processo neurodegenerativo pode ser interrompido. “À medida que o estado hiper-serotoninérgico persiste, o acúmulo de produtos neurotóxicos e um comprometimento sustentado no transporte axonal levariam à morte axonal e culminariam em um processo neurodegenerativo irreversível.”

Ele explica “que as implicações potenciais dessa hipótese são discutidas, bem como futuras pesquisas podem ser empregadas para elucidar ainda mais o papel da serotonina na progressão da doença de Parkinson.”

A sua orientadora, nos Estados Unidos, foi a doutora Laís Berro, que ajudou na escrita e submissão do artigo. Para Eliseu, talvez o que lhe espera à frente seja a parte mais difícil desse processo, pois precisa provar a sua hipótese ou refutá-la. “Tenho algumas certezas quanto a isso. E acredito que, se confirmada, mudaríamos totalmente a forma de ver as doenças neurodegenerativas e nos apontaria em direção à cura”.

HISTÓRIA

Eliseu da Cruz Moreira Junior é baiano de Itabuna. Antes de entrar na universidade, ele fez o ensino médio e fundamental usando os métodos do homeschool (Educação Domiciliar) e, por isso, permaneceu na escola apenas até a antiga segunda série. A sua trajetória até o ensino superior e durante o seu período na academia é bem marcado pelas skills (habilidades) que desenvolveu sendo autodidata e com pensamento crítico aguçado, reforçados pela escolha do método formativo pelos seus pais.

Eliseu sempre teve paixão pelo difícil, intrincado e misterioso. “Quando decidi pela neurociência, decidi pela minha inclinação por fazer novas descobertas e pelo espaço que eu teria para desenvolver meu intelecto, sendo o cérebro um universo em si mesmo, com mistérios ainda difíceis de entender. Isso se juntou com o fato de que minha avó sofria de uma doença neurodegenerativa muito comum hoje em dia, o Parkinson. Lembro-me que, ainda quando vivia, em uma das visitas que fazia a sua casa, prometi que acharia a cura para a sua doença e que os meus esforços na neurociência seriam para entender mais sobre essa doença.”

“Essa promessa foi feita em 2016, algum tempo antes de sua morte. Foram quase três anos e meio desenvolvendo uma hipótese sobre a doença de Parkinson que ninguém havia feito ainda. Escrevendo na parede do meu quarto, lendo artigos, fazendo experimentos mentais, assim foi a minha rotina para os questionamentos que, há três meses, me renderam uma hipótese publicada em uma revista americana como único autor”, conclui Eliseu da Cruz Moreira Junior.

 

Deixe seu comentário para ESTUDANTE DA UESC PESQUISA A CURA PARA O MAL DE PARKINSON

Resposta de Walter Alcântara Brandão

Sucessos para futuro cientista o Dr. Elizeu Júnior. que você encontre a cura para esta doença que tem causando muito sofrimento as pessoas que procuram um tratamento e até o memento não encontraram. Há cinco anos eu fui diagnosticado que estava com mal de Parkinson, graças a Deus , não sei se os remédios que estou tomando, ou porque ainda não desencadeou o processo degenerativo provocado pela doença. A ~unica coisa que está me incomodando é que não consigo controlar os movimentos das pernas, muitas vezes quando tento me locomover, o corvo vai para a frente misa as pernas ficam presas no chão , então termino inda ao chão. Com certeza o cérebro não está comandando.

★ ★ ★ ★ ★ Em 04-07-2021 às 20-53h 5

Resposta de Anaracy Fernandes

Muito feliz! minha mãe faleceu em consequência dessa doença, sua pesquisa é um alento de esperança. Orando por seu sucesso!

★ ★ ★ ★ ★ Em 27-11-2020 às 22-06h 5
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