William Santos Souza negou qualquer relação com o crime e relatou ter sofrido ameaças após sua foto circular em grupos de WhatsApp

O motorista de aplicativo William Santos Souza, de 36 anos, compareceu à delegacia de Ilhéus na noite deste sábado (16) para prestar esclarecimentos, após ter sua imagem compartilhada em grupos de WhatsApp como suposto autor do triplo homicídio ocorrido na Praia do Sul. Os corpos de Alexandra O. Suzart, Maria Helena N. Bastos e sua filha, Mariana B. Silva, foram encontrados com marcas de facadas atrás da AABB.

Em depoimento, William relatou que foi pego de surpresa com a notícia de que sua foto estava sendo vinculada ao crime. Ele afirmou não ter nenhuma relação com os fatos e destacou que sequer conhecia as vítimas.

Para colaborar com a investigação, William informou que já havia entregue seu aparelho celular aos policiais civis que o entrevistaram em casa, fornecendo inclusive a senha. O aparelho foi analisado e, segundo o declarante, nada de irregular foi encontrado. Ele também se colocou à disposição para perícias ou novos esclarecimentos que a polícia julgar necessários.

O motorista contou ainda que, no dia 15 de agosto, esteve pela manhã no supermercado Mix Matheus, acompanhado da esposa, e que permaneceu em casa durante a tarde e a noite, não tendo utilizado a plataforma 99 para trabalhar. Seu veículo, um Chevrolet Onix alugado de uma locadora, também foi informado à polícia.

Natural de Ilhéus, William afirmou nunca ter sido preso ou processado criminalmente. Ao final do depoimento, reforçou que não tem qualquer ligação com o crime que abalou a cidade.

Além das declarações formais, William relatou posteriormente estar com medo de sofrer alguma violência. Ele disse que chegou a receber ameaças de um traficante no momento em que começaram a circular as informações falsas que o apontavam como suspeito.

As três vítimas foram assassinadas a facadas. Câmeras de segurança de uma barraca à beira-mar registraram o último momento em que foram vistas com vida: caminhavam pela areia acompanhadas de um cachorro. Pouco depois, desapareceram.

Os corpos foram encontrados na área atrás da AABB, no litoral sul. O cachorro foi localizado próximo ao local, latindo e com a região da boca manchada de sangue.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou o levantamento cadavérico, perícias necessárias e liberou os corpos para velório e sepultamento. O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que busca identificar os responsáveis pelo crime.