LIGAÇÕES CLANDESTINAS EM REDE DE DRENAGEM CONTRIBUEM PARA ESGOTO NA PRAIA DO MALHADO, APONTOU GERENTE DA EMBASA EM ILHÉUS

Felipe Madureira explica a origem do problema e aponta parceria com a prefeitura como solução para fiscalizar irregularidades
Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta segunda-feira (3), o gerente da Embasa em Ilhéus, Felipe Madureira, esclareceu a responsabilidade pelo esgoto despejado na praia do Malhado. Em resposta à pergunta de um ouvinte, Madureira explicou que o esgoto vem de um canal que nasce no bairro da Conquista e corta o Malhado, passando pela feira e pelo Colégio Estadual, até desaguar no mar.
"Esse canal era um rio antigamente, mas virou um canal de macrodrenagem. Quem faz a manutenção ali é a prefeitura. Em conjunto com o governo do estado, que não é a Embasa, foi solicitado uma requalificação no trecho do Tamarineiro para cobrir aquele canal", afirmou.
Ele destacou que o problema é agravado por ligações clandestinas de esgoto na rede de drenagem pluvial. "Todos aqueles morros ao lado do canal, como Alto do Amparo, Soledade, Gamboa e Alto do Coqueiro, já têm rede de esgoto, assim como o Malhado. Então, se o imóvel está interligado na rede de água de chuvas, essa rede leva o esgoto até o canal. Esse canal já é um somatório de contribuições de esgotos clandestinos", explicou.
Para mitigar os impactos, a Embasa instalou uma barragem para captar o esgoto em tempo seco e direcioná-lo para tratamento. "Fizemos uma captação em tempo seco no canal, que é de manutenção do município. Mas para eliminar o problema, cabe à prefeitura fiscalizar quem está conectado à rede de drenagem. Esse é um trabalho que queremos fazer em conjunto, imóvel por imóvel", afirmou Madureira.
Apesar de toda a região já ser contemplada com rede de esgoto sanitário, o gerente ressaltou a necessidade de ações conjuntas entre Embasa e prefeitura para identificar e corrigir as irregularidades.
Questionado pelo comunicador Vila Nova sobre a contribuição da Embasa na identificação de imóveis irregulares, Felipe destacou que a empresa já realiza fiscalizações de rotina. "Se temos uma rua com 100 casas e identificamos que 20 não estão ligadas à rede de esgoto disponível, damos um prazo e comunicamos o órgão ambiental para aplicar as sanções previstas na legislação", explicou.
Madureira reforçou que o problema das ligações clandestinas na rede de drenagem pluvial é de responsabilidade do município, mas apontou ações concretas da Embasa para minimizar os impactos. "Temos duas captações de tempo seco, tanto na Avenida Petrobras quanto na Litorânea. Esse esgoto é bombeado para tratamento no Banco da Vitória, próximo ao Hospital Costa do Cacau", finalizou.
Confira a entrevista completa:
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