MÁRIO ALEXANDRE NEGA DESVIO DE R$ 2,7 MILHÕES NA OBRA DO CANAL DO MALHADO E DIZ QUE RECURSO DA CONDER SÓ É LIBERADO APÓS MEDIÇÃO
Ex-prefeito explicou, em entrevista à Rádio Ilhéus FM, que a obra foi paralisada por entraves técnicos e garantiu que não houve repasse indevido de recursos
Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta segunda-feira (3), o ex-prefeito de Ilhéus Mário Alexandre (PSD) negou que tenha havido desvio de R$ 2,7 milhões na obra do Canal do Malhado, valor repassado pela Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) ao município. A declaração foi dada após o apresentador Vila Nova citar informações da atual gestão, que atribuiu à administração anterior a responsabilidade por irregularidades que teriam impedido o envio de novos recursos.
Segundo Mário Alexandre, a Conder só libera repasses após medição técnica no local. “Ele precisa entender que não é assim. A Conder não ia mandar dinheiro sem vir aqui e dizer que a obra não estava executada. Eles não passam o dinheiro sem medição. A Conder só libera quando vem um técnico, faz a avaliação e confirma que foi feito”, explicou.
O ex-prefeito afirmou que deixou a obra paralisada, mas sem irregularidades, e defendeu que o atual governo municipal busque soluções em vez de manter o impasse. “A obra está legal, só falta a Conder fazer a medição e liberar o novo recurso. Eu sempre me coloquei à disposição para ajudar. Se teve algum erro, tem que ver, denunciar, não tem problema nenhum. O que importa é resolver”, declarou.
Durante a entrevista, Mário Alexandre também detalhou as dificuldades enfrentadas em obras públicas que, segundo ele, frequentemente sofrem atrasos por questões burocráticas, aumento de custos e necessidade de readequações contratuais. “A empresa às vezes ganha a licitação com o menor preço e depois diz que não consegue concluir. Aí precisa relicitar, refazer projeto, pedir aditivo. Isso leva tempo”, afirmou.
Durante a entrevista, o ex-prefeito citou também a obra da Avenida Contorno e destacou que a execução exigia contrapartida da prefeitura, e que parte dos recursos era oriunda de emendas parlamentares. “A obra é de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1 milhão da prefeitura e o restante do governo do Estado, com emenda de Antônio Brito. O município ainda teria que colocar mais R$ 1,5 milhão para concluir”, explicou.
Por fim, Mário Alexandre declarou que todas as obras realizadas durante sua gestão foram devidamente prestadas contas e reafirmou que está aberto ao diálogo com o atual prefeito para a continuidade dos projetos. “Eu sempre disse: acabou a política, agora é ele. Se precisar, é só me chamar. O que importa é resolver as coisas”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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