Ex-prefeito afirmou que precatórios são “herança de todos os governos”

Durante entrevista ao programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM, o ex-prefeito de Ilhéus Mário Alexandre (Marão) comentou as declarações do atual governo sobre os bloqueios financeiros com precatórios e respondeu a críticas sobre a falta de manutenção da iluminação cênica da Ponte Jorge Amado, apagada desde junho de 2023.

Questionado por um ouvinte sobre o motivo de não ter solucionado o problema da iluminação, Marão explicou que a ponte ainda era de responsabilidade do Governo do Estado da Bahia e que o município não tinha recursos disponíveis para executar a obra. “Ali são três milhões de investimentos e a obra ainda estava com o Estado. A ponte é uma BA, né? Eu realmente também não tinha recurso, estava lutando para o Estado fazer”, afirmou.

Durante a conversa, o comunicador Vila Nova citou que a atual gestão enfrenta bloqueios mensais de cerca de R$ 10 milhões por causa de precatórios. Em resposta, o ex-prefeito disse que também teve de administrar com bloqueios altos durante seu mandato, chegando a R$ 12 milhões por mês, e destacou que esse tipo de retenção é uma situação recorrente em gestões anteriores. “Eu tinha de 12 todo mês. Jabes tinha, o pai dele (Valderico) tinha. Isso já vem porque era negociado. É 8% do FPM. E eu negociei pra não ter mais”, declarou.

Marão ainda rebateu a justificativa da atual gestão e afirmou que o bloqueio de recursos não pode ser usado como desculpa para a falta de execução de obras. “O bloqueio não é de hoje, não. É herança do pai dele, de Jabes, minha. Ele deixou agora porque não fez o retroativo dos trabalhadores, todo mundo já entrou, e vai virar precatório. Então não tem essa justificativa. O povo votou nele pra resolver os problemas. Se precisar, eu ajudo”, concluiu.

Confira a entrevista completa: 

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