MARÃO NÃO FOI O PRIMEIRO A VIAJAR PARA O EXTERIOR SEM TRANSMITIR CARGO

A polêmica envolvendo o prefeito Mário Alexandre, que desde o último domingo (5) viajou em missão internacional a Washington, D.C, nos Estados Unidos, sem 'transmitir o cargo' ao vice-prefeito, José Nazal, também foi alvo de discussão em 2014, quando o então prefeito de Guarapari (ES), Orly Gomes, decidiu viajar ao norte da América para tratar de assunto "estritamente pessoal", sem "dar posse" ao vice Gabriel Costa. A diferença entre Marão e Orly é que este último chegou a comunicar ao legislativo local que iria se afastar pelo período de 11 dias. No entanto, a Lei Orgânica do município de Ilhéus cita apenas que o prefeito ilheense deve comunicar à Câmara o seu afastamento caso este ocorra em um período superior a 15 dias (independente de se tratar de uma viagem internacional). A 'posse' ao vice-prefeito também sustenta o debate no campo jurídico, onde não há registro de alguma obrigação de ser realizado um ato formal para que a transmissão de cargo  ocorra, já que o vice-prefeito também é um responsável pelo município, durante o período para qual foi eleito. A polêmica em Ilhéus ganhou uma dimensão maior do que em Guarapari nesta quinta-feira (9), quando, na ausência do prefeito, o vice Nazal exonerou o secretário de administração, Bento Lima, e reintegrou 268 servidores demitidos anteriormente, por Mário Alexandre.