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OPERAÇÃO NEFANDA: SETE FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE SÃO INVESTIGADOS POR ESQUEMA DE FRAUDE

OPERAÇÃO NEFANDA: SETE FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE SÃO INVESTIGADOS POR ESQUEMA DE FRAUDE
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 11/08/2021 12h02

Do Metro 1.

Sete funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus, no sul do estado, são investigados por participação em um esquema de fraude à licitação e desvio de recursos públicos. As investigações da Operação Nefanda, deflagrada na manhã desta quarta-feira (11) pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU), indicam que houve uma série de irregularidades na contratação de uma empresa que deveria gerir um hotel com pacientes da Covid-19. A começar pela falta de capacidade técnica. 

Em coletiva à imprensa, o delegado Anderson Alves afirmou que prefeitura de Ilhéus, por meio da pasta da Saúde, contratou de forma fraudulenta um haras para administrar o Hotel Mamoan, com 52 leitos - cedido à gestão municipal para servir de abrigo aos pacientes da doença. Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos. 

O Metro1 procurou a secretaria de Saúde de Ilhéus mas ainda não obteve retorno.

"Essa empresa [o haras], contratada mediante dispensa de licitação, deveria gerir o abrigo, mas não tinha nenhuma relação com o ramo da hotelaria em suas principais atividades, o que é o objeto da dispensa", afirmou Anderson. Isso porque, para dispensar a licitação, a prefeitura tinha obrigatoriamente que convocar empresas especialistas no ramo. Segundo ele, foi constatado um superfaturamento de R$ 570 mil em apenas três meses de contrato. O delegado acrescentou que a prefeitura chegou a pagar despesas básicas, como contas de energia, o que seria uma responsabilidade da empresa.

Sem citar nomes, o delegado disse sete mandados foram cumpridos nas casas de servidores públicos, sendo um deles na cidade de Itabuna, um no haras, na zona rural de Ilhéus, e outro no Hotel Manoan. "Após a apreensão de documentos, mídias, aparelhos celulares coletados com a deflagração, serão feitos relatórios que vão alimentar o inquérito para posteriormente ser encaminhado ao Ministério Público".

Superintendente da CGU, Ronaldo Machado disse que a fraude na pasta Saúde é escancarada. "A prefeitura contratou uma empresa que sequer era da área da hoteleraria. Na época da contratação esse sítio sequer estava autorizado a funcionar. Uma série de irregularidades", destacou.  

Conforme a Polícia Federal,  os investigados responderão pelos crimes de fraude a licitação, estelionato, peculato, corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.o inquérito segue em andamento. Algumas pessoas vão ser ouvidas ainda hoje e prisões não estão descartadas. 

 

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