PARQUE MUNICIPAL DA BOA ESPERANÇA, EM ILHÉUS, É LEMBRADO NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Parque é a segunda maior reserva de mata atlântica em área urbana, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca
Hoje, dia 5 de junho, é comemorado o dia mundial do Meio Ambiente. O programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, abordou o tema, nesta quarta-feira (05), e destacou uma das maiores riquezas de Ilhéus: o Parque Municipal da Boa Esperança, situado na área da Mata da Esperança. Durante o programa, o comunicador Vila Nova falou sobre o desconhecimento de muitos ilheenses a respeito do parque, que é a segunda maior reserva de mata atlântica em área urbana, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca. O historiador e e fotógrafo, José Nazal, participou do programa e falou que recentemente fez uma pesquisa para saber se os ilheenses conheciam o parque. Segundo ele, apenas 2,5% afirmaram que conheciam a Mata. "É uma coisa que dá um desespero na gente, porque é uma riqueza que a gente tem, um arquivo ambiental. A gente vê falar da Mata da Tijuca, no Rio de Janeiro, que é maior em área, mais famosa e mais conhecida, mas é uma mata que é antrópica. Ela foi plantada pelos escravizados. A gente tem uma floresta da Tijuca que é tropical, mas não é nativa. E a nossa é nativa. Não e pura porque o homem entrou e alterou o habitat natural, mas, mesmo assim, ela tem importância", disse.
Nazal contou que inicialmente a mata foi comprada pelo município para fazer a represa e abastecer a água nos anos 40, 42, e foi agregada ela mais hectares a partir da compensação ambiental de empresas. "Foram mais 15 hectares, de uma compensação ambiental com a construção do Residencial Rio Cachoeira, e o Vog João de Góes, na zona sul, quando houve o desmatamento da área, com mais 4 hectares. No total são 456 hectares de mata. É uma área que tem sofrido muito na sua borda, do lado do Banco da Vitória, da Pedreira. O que precisa ser feito é um plano de manejo para que possa identificar áreas onde haja visitas diárias para as pessoas conhecerem", declarou.
O secretário municipal de Meio Ambiente de Ilhéus, Diogo Messias, também participou do programa e disse que o parque é fechado à visitação externa desacompanhado e sem autorização da secretaria. "Hoje nós temos uma equipe de guarda-parques que fica diuturnamente, todos os dias da semana, fazendo monitoramento para que evite visitas não guiadas, extrativismo, caça, desmatamento ou mortes de animais selvagens, como aconteceu durante muito tempo. Os guardas são capacitados e trabalham exclusivamente no Parque Natural da Boa Esperança para impedir esse vandalismo ambiental", declarou.
O secretário disse que a visita técnica é permitida no local. "Os alunos da UESC e da UFSB fazem muitas visitas, colégios públicos, privados, mas são acompanhados pelos guardas parques", salientou.
Diego falou sobre um projeto que está em andamento para colocar o parque no Programa de Serviços Ambientais, o PSA. "O parque sequestra carbono para o município. Esse carbono pode ser disponibilizado para compra, para o mercado de valores, porque município pode arrecadar por estar conservando, por ter uma área tão importante", contou.
Confira a entrevista completa:
Deixe seu comentário para PARQUE MUNICIPAL DA BOA ESPERANÇA, EM ILHÉUS, É LEMBRADO NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE