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“PRECISAMOS DE AJUDA DO PODER PÚBLICO”, DIZ COORDENADOR DO PROJETO A-MAR

“PRECISAMOS DE AJUDA DO PODER PÚBLICO”, DIZ COORDENADOR DO PROJETO A-MAR
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 22/01/2020 11h45

Projeto monitora animais marinhos da região

Os responsáveis pelo Projeto A mar, o veterinário Wellignton Laudano e a bióloga Stella Tomás, bateram um papo com o comunicador Vila Nova nesta quarta-feira (22) no programa de rádio O tabuleiro, Ilhéus FM e contaram sobre o trabalho de monitoramento feito na região Sul da Bahia. Segundo os responsáveis, a captura incidental atualmente é a principal ameaça às populações de tartarugas marinhas da região e foram responsáveis por 80 % das mortes dos animais no ano passado.
O médico veterinário explicou que medidas de emergências para tentar salvar uma tartaruga podem ser feitas emergencialmente. “ As tartarugas podem hibernar até 07 horas quando ficam presas nas redes”, explicou ele acrescentando que existe como reanima-las em caso de acidentes. Porém, Wellignton disse que a quantidade de emalhe ocorre porque as pescas ainda são feitas nas zonas de alimentação de animais. “Fazemos um trabalho de conscientização e parceria com os pescadores locais, mas diversos navios de pesca de outros estados vem capturar animais na região sem respeitar os as áreas de alimentação das tartarugas marinhas”, disse.
Stella Tomás, referência no sul da Bahia com tartarugas marinhas, fez um alerta sobre o aumento de incidentes com redes de emalhes na área de abrangência do projeto e esclarece que as tartarugas marinhas interagem com a pesca artesanal e industrial e ao ficar presas nas redes ou anzóis, não conseguem emergir para respirar e acabam morrendo afogadas. “As tartarugas simplesmente estão em seu habitat e em busca de sua alimentação”, afirmou. Ela explicou que a região é local de desova das tartarugas marinhas que aproveitam as temperaturas amenas da região para a reprodução. “ Aqui na região há grande incidências de machos, o que é muito importante para a reprodução”, pontuou. A profissional fez importantes alertas sobre as desovas: “ Caso vejam a tartaruga desovando, se afastem, não acendam lanternas”.
Durante a entrevista, os profissionais chamaram atenção para a falta de cuidado na beira da praia por parte de cabanas e empreendimentos hoteleiros que ficam com refletores na parte da areia, o que atrapalha e muito a reprodução da espécie. “Precisamos de ajuda dos órgãos públicos para fiscalização e ajuda neste trabalho, tanto na areia , quanto na pesca”, clamou Laudano.
O Projeto A-mar, nasceu a partir da junção de iniciativas socioambientais já desenvolvidas (e/ou idealizadas) pelos integrantes da equipe, buscando soluções, através da coletividade e do envolvimento comunitário, para preencher lacunas sobre o conhecimento da biodiversidade costeiro marinha na região, bem como, identificar e minimizar os impactos (antrópicos) nesses ambientes e nos seres que vivem nele. Por ser um projeto totalmente voluntário e independente precisamos cada vez mais da população como nossa aliada na luta para conservação e preservação da fauna marinha. Conheça mais no Instagram @projeto.amar.ba e para informações o whats app (73) 9 9812-2850. Clique abaixo e ouça na integra a entrevista com os profissionais.

 

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