REPORTAGEM NO TABULEIRO PRESSIONA E CODEBA INICIA DRAGAGEM NO PORTO DE ILHÉUS

Após questionamento sobre paralisação da obra, operação teve início na sexta-feira (16), às 19h
A obra de dragagem do Porto de Ilhéus finalmente foi iniciada nesta sexta-feira (16), às 19h, pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). O início da operação ocorre dias após a repercussão do tema no programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, onde o comunicador Vila Nova questionou os motivos da draga ter chegado e não ter iniciado a obra.
Durante a edição do programa no dia 12 de fevereiro, Vila Nova levantou dúvidas sobre como a embarcação poderia ter chegado antes da obtenção de todas as autorizações exigidas. Segundo informações, a Codeba já possuía a licença para realizar a dragagem, mas ainda aguardava a autorização para o descarte do material retirado. A previsão inicial era que os sedimentos dragados permanecessem na região da própria Codeba, o que exigia uma licença específica que ainda não havia sido emitida.
Sem essa autorização, o investimento de R$ 25 milhões anunciado em abril pelo presidente da Codeba, Antônio Gobbo, seguia sem utilidade prática. Após a repercussão do caso e a pressão gerada pelo debate no programa O Tabuleiro, a obra finalmente foi retomada.
Desde a chegada da draga ao Porto de Ilhéus, em 29 de janeiro, a obra passou por uma série de entraves que impediram o início imediato dos trabalhos. Enquanto a Codeba alegava a necessidade de cumprir etapas burocráticas e exigências técnicas, a falta de transparência sobre o motivo da paralisação gerou questionamentos.
Além da questão da licença para o descarte dos sedimentos, a estatal afirmou que foi necessário um período para treinamento dos comandantes da embarcação, uma exigência da Marinha do Brasil. Também foram realizadas coletas para análise ambiental e estudos batimétricos, que avaliam a profundidade do local e a quantidade de material a ser removido.
Com a retomada, a dragagem pretende melhorar a navegação no porto, permitindo a atracação de navios de maior porte – passando de 30 para 45 mil toneladas –, além de reduzir custos operacionais e aumentar a segurança das embarcações.
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