Vereador Maurício Galvão detalha projeções econômicas da operação do grupo Maratá no porto da cidade e destaca papel estratégico da dragagem para atrair investimentos

O vereador e ex-gerente da Codeba em Ilhéus, Maurício Galvão, detalhou durante o programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, nesta quarta-feira, 4 de junho, o processo de retomada das atividades do Moinho localizado na área portuária da cidade. Questionado por Vila Nova sobre o andamento da negociação com o grupo Maratá, Galvão ressaltou que o atual cenário é fruto de um planejamento iniciado ainda durante sua gestão à frente da unidade local da Codeba. “Assumi com o desafio de planejar o porto para o futuro. E fizemos isso com muita responsabilidade. A dragagem do canal foi o primeiro passo para atrair investimentos como o do Moinho, que muitos consideravam inviável”, afirmou.

Segundo o vereador, a estrutura do Porto de Ilhéus passou a oferecer condições técnicas seguras, como o novo calado de até 10 metros de profundidade, fator decisivo para viabilizar a operação do Moinho. “Hoje temos um porto com berço disponível, acesso rodoviário estratégico e possibilidade de escoamento até o Oeste da Bahia, onde o próprio grupo Maratá já atua na produção de trigo”, explicou.

A expectativa é que o grupo movimente aproximadamente 120 mil toneladas de trigo por ano, com importações mensais de cerca de 10 mil toneladas. Além disso, há previsão de instalação de mais dois moinhos e ampliação da capacidade de armazenamento. “Estamos estimando a geração de 100 a 150 empregos diretos, fora os indiretos que ainda não foram dimensionados”, disse o vereador, acrescentando que os impactos econômicos para o município vão além da operação do Moinho. “Só com um navio de cacau, a companhia já faturou cerca de R$ 8 milhões neste ano. Quando fui gerente, o Porto de Ilhéus chegou a recolher R$ 2 milhões para o município, sem contar os prestadores de serviços”, completou.

Galvão destacou ainda que a retomada do Moinho simboliza uma mudança no histórico de abandono da infraestrutura portuária da cidade. “Ilhéus sempre foi deixada de lado em relação aos portos de Salvador e Aratu. Hoje começamos a reverter essa lógica, mostrando que o Porto de Ilhéus é viável e estratégico para a economia da Bahia”, concluiu.

Confira a entrevista completa:

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