Exibição, promovida pela UNEB, acontece nesta quinta-feira (28), na escola estadual da cidade

Na próxima quinta (28), às 19h, o Colégio Estadual de Ipiaú se transformará em palco para uma rica experiência artística: a apresentação do espetáculo Borépetei. Uno, do Teatro Popular de Ilhéus (TPI).

Aberta ao público, a apresentação acontece na III Jornada de Pesquisa e Extensão, evento do Núcleo de Pesquisa e Extensão, do Campus XXI, da UNEB. De acordo com a professora Tereza Damásio, organizadora do evento, trata-se de um convite à comunidade para viver uma noite em que o teatro ultrapassa fronteiras e reafirma sua força como instrumento de memória, reflexão e encontro coletivo.

Na celebração dos seus 30 anos de história, o TPI chega a Ipiaú com uma de suas montagens mais potentes e simbólicas. Borépetei. Uno — expressão que, em tupi, significa “aquele que contém e está contido em tudo” — é um espetáculo de forte carga visual, sonora e sensitiva, que propõe reflexões sobre a história do Brasil, os povos originários e a existência humana.

A peça, integralmente falada em tupi, é dividida em três partes interligadas: Religare, Experimentos e Abraço ao Tempo. Em formato circular e multimídia, a obra oferece ao público uma experiência estética única, marcada por dinamismo, mobilidade e impacto sensorial, pensada para grandes espaços e encontros coletivos.

Segundo o diretor e dramaturgo do TPI, Romualdo Lisboa, o fato de o espetáculo ocupar espaços como escolas amplia ainda mais o alcance da arte. “Trazer o teatro para dentro de uma escola pública não só aproxima os jovens do fazer artístico, como também envolve toda a comunidade em um processo de reflexão e pertencimento”, explica. 

“Celebrar 30 anos do Teatro Popular de Ilhéus em espaços assim é reafirmar nossa missão de democratizar a cultura e aproximar o público de nossas próprias raízes. A apresentação em Ipiaú reforça ainda a importância da circulação cultural e da aproximação do público com o teatro”, pontua o diretor.

O elenco de Borépetei. Uno é formado por Tânia Barbosa, Ely Izidro, Elane Nascimento, Guilherme Pessoa, Aldenor Garcia e Pablo Lisboa, que também assina a direção musical e composições. A direção é compartilhada por Luís Alonso-Aude e Romualdo Lisboa, responsável também pelo texto da obra.