TRÊS MESES SEM RESPOSTAS: POLÍCIA CIVIL PEDE NOVA PRORROGAÇÃO PARA CONCLUIR INVESTIGAÇÃO DO TRIPLO HOMICÍDIO EM ILHÉUS
Crime aconteceu no dia 15 de agosto, na praia dos milionários, zona sul da cidade
Três meses após o triplo homicídio que chocou Ilhéus, no sul da Bahia, a investigação segue sem conclusão. Neste sábado (15), data que marcou exatos três meses do crime, a Polícia Civil confirmou que solicitou à Justiça mais uma prorrogação de prazo para finalizar o inquérito.
Esta é a segunda vez que a corporação pede mais tempo. Em setembro, a PC-BA já havia obtido 60 dias adicionais para avançar nas apurações. Com a decisão judicial, o inquérito deveria ter sido concluído até novembro. Agora, a polícia pede mais 30 dias, alegando a necessidade de concluir laudos periciais que ainda estão pendentes.
Em nota, a corporação informou que a extensão do prazo é fundamental para “concluir exames técnico-científicos e reunir novos elementos que contribuam para o esclarecimento dos fatos”. A PC reforçou ainda que detalhes da investigação permanecem sob sigilo para não comprometer as diligências em andamento.
Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, e Mariana Bastos da Silva, 20, foram encontradas mortas no dia 16 de agosto, com marcas de facadas, em uma área de restinga na Praia dos Milionários. O crime gerou grande comoção e motivou protestos pacíficos na cidade, com pedidos de justiça.
As três mulheres, que moravam em um condomínio próximo à praia, saíram para passear com o cachorro da jovem Mariana na tarde do dia 15 de agosto. Câmeras de segurança registraram o grupo caminhando próximo às barracas. Elas desapareceram em seguida e foram encontradas no dia seguinte.
Dez dias após o crime, Thierry Lima da Silva foi preso por tráfico de drogas e confessou o triplo homicídio durante audiência de custódia. Segundo o depoimento, ele teria agido sozinho e esfaqueado as vítimas ao tentar assaltá-las, além de admitir ter matado o próprio companheiro em outra ocasião.
Apesar da confissão, laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) não identificaram material genético de Thierry sob as unhas ou no corpo das vítimas. Também não foram encontradas digitais ou DNA dele, ou das vítimas, nas três facas apreendidas como possíveis armas do crime.
Por isso, embora o suspeito permaneça preso, a polícia afirma que ainda não é possível confirmar de forma conclusiva que ele não participou do delito. Outros elementos seguem em análise, e novos exames periciais estão em curso.
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