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Pawlo Cidade

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AS FALHAS MAIS COMUNS NOS PROJETOS CULTURAIS

 

Um projeto cultural nasce de uma oportunidade de intervenção em uma comunidade, um espaço, uma ausência ou, habitualmente, um problema que é visto pela grande maioria, mas, pelos produtores culturais como uma grande chance de realizar uma ação que possa trazer alguns resultados. Entretanto, os fazedores, ou melhor, os modeladores de projetos sempre esbarram em algumas falhas que eu quero aqui considerar. A primeira delas está na elaboração dos objetivos. Alguns projetos não conseguem dar clareza aos seus objetivos. Para escrever bons objetivos é preciso usar verbos de ação fortes. Verbos como coordenar, enfatizar, melhorar, organizar, supervisionar e promover são muito fracos. Use verbos fortes como: produzir, construir, contratar, pavimentar, eliminar, desenvolver. A falha se alarga quando os objetivos são utópicos! Sonhadores demais.

Outra falha que é logo identificada pelo avaliador é a inadequação do local de realização do projeto. Você pode até ter uma proposta boa, mas, muitas vezes ela não se encaixa em um teatro ou um centro cultural. Ela foi feita para a rua ou para um circo, por exemplo. E, somando-se a isso vem a falta de público potencial para seu evento. Essa falha acontece porque você não consegue definir claramente seu público alvo.

O avaliador também analisa se seu projeto é excessivamente ambicioso ou complexo. A ambição é saudável quando seus objetivos coadunam com suas metas e estas com a metodologia e aquela com o cronograma de execução e este com o orçamento. Ele começa a se complicar quando você cria objetivos específicos demais. Muitos objetivos específicos, geram muitas metas, muitos detalhes no orçamento e omissão de alguns insumos.

Outras falhas são também bem visíveis: a falta de conhecimento necessário à realização de sua ação. Se você não entende nada de curadoria e não prevê um curador na sua proposta, certamente ela não será aprovada. Seu projeto precisa ser atrativo, estabelecer conexão entre resultados e custos e um orçamento dentro da realidade. Seja criativo, inovador, singular. Não viaja!

Por: Redação O Tabuleiro
Dia 27/09/2019 08h08

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