Anarleide Menezes detalhou os editais lançados pelo município e ressaltou que a continuidade do repasse está assegurada para o segundo semestre

A secretária de Cultura de Ilhéus, Anarleide Menezes, concedeu entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, nesta terça-feira, 13 de maio, para falar sobre a aplicação dos recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) no município. Durante a conversa, a gestora falou sobre o pagamento do primeiro edital de fomento à cultura. “A previsão de pagamento é em junho, ele já garante que nós possamos receber a segunda parcela no segundo semestre, a parcela que já está reservada para Ilhéus”, afirmou Anarleide.

Ela explicou que o primeiro edital, de Fomento à Cultura, contempla 14 segmentos artísticos e culturais, definidos a partir de escutas e audiências públicas realizadas em 2024, ainda na gestão anterior. Segundo a secretária, a atual administração decidiu respeitar as deliberações da sociedade e não reiniciar o processo do zero. “Nós acatamos todas as audiências públicas, e isso já estava decidido lá”, ressaltou.

Entre os segmentos contemplados estão artes plásticas e visuais, capoeira, cultura afro, hip-hop, cultura indígena, culturas populares, dança, literatura, música, patrimônio cultural, quadrilhas juninas, teatro, audiovisual e feiras criativas. Os valores destinados variam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil por projeto, de acordo com a categoria, e foram divididos de forma igualitária.

Anarleide destacou que, para facilitar a participação dos fazedores de cultura, a secretaria disponibilizou plantões de atendimento e um e-mail para tirar dúvidas sobre o preenchimento dos formulários. “São formulários muito simples. Nós apenas ajudamos, auxiliamos para o preenchimento ou tiramos dúvidas, especialmente para aqueles que têm mais dificuldades com as novas tecnologias”, explicou.

Além do edital de fomento, foi lançado também o edital do programa Cultura Viva, exigido pelo Ministério da Cultura, que destina 25% do valor recebido pelo município para pontos e pontões de cultura. Serão selecionados 10 projetos, com investimento de R$ 42 mil cada, totalizando R$ 420 mil.

Durante a entrevista, a secretária enfatizou que, apesar das dificuldades de muitos artistas em elaborar projetos, o processo da Lei Aldir Blanc foi simplificado com o uso de formulários eletrônicos. Ela também mencionou projetos paralelos em andamento, como o “Diálogo Secult” e o “Rotas Culturais”, que buscam incentivar a união dos segmentos culturais e valorizar talentos locais.

“Ouvindo as pessoas, encontramos excelentes ideias. Esses encontros nos mostram as dores, mas também trazem alegria e satisfação quando conseguimos ajustar as políticas culturais à realidade dos fazedores de cultura”, concluiu.

Confira a entrevista completa:

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