Parlamentar rompe o silêncio e pede cassação do colega após episódio de agressão no plenário

A briga entre os vereadores Tandick Resende e Vinícius Alcântara, ocorrida no plenário da Câmara de Ilhéus no último dia 29 de abril, continua gerando repercussão. Após dias de silêncio, o vereador Vinícius Alcântara se manifestou publicamente, nesta terça-feira (6), por meio de uma postagem em seu perfil no Instagram. No vídeo, ele afirma ter sido vítima de agressão e ameaça, e diz que a única forma de conter o que classifica como comportamento violento do colega é com a cassação do seu mandato.

Segundo Vinícius, o conflito teve início após a aprovação de um projeto de sua autoria. Ele afirma que Tandick saiu da mesa diretora, foi em sua direção, o puxou e empurrou pelo ombro, fazendo ameaças. “Se eu não tivesse me defendido de forma rápida, provavelmente ele teria feito coisa muito pior”, disse o vereador.

Vinícius ainda disse que suportou por muito tempo os insultos de Tandick, acreditando que o colega precisava cuidar da saúde mental, mas que chegou ao limite. Na publicação, ele relaciona o histórico do parlamentar com outros episódios de violência. “Já agrediu jornalistas, é violento com mulheres, calunia desembargadores, difama juízes, assedia seus próprios assessores, desrespeita eleitores, sabota e inveja os trabalhos de outros vereadores. E, no final de tudo, ainda dá um jeito de se passar por vítima”, afirmou.

O vereador também mencionou supostos problemas com a Justiça Eleitoral e o Ministério Público: “Teve as contas de campanha reprovadas por usar dinheiro de fonte desconhecida. E no Ministério Público Estadual, hoje, ele é investigado por enriquecimento ilícito e por usar assessores da Câmara de Vereadores, que vocês pagam, para fazer o trabalho dele lá na Defensoria”, escreveu.

Vinícius finalizou informando que já protocolou um requerimento pedindo a cassação do mandato de Tandick Resende. Para ele, a medida é essencial para evitar novos episódios de violência na Casa Legislativa. “Cabe agora à Câmara de Vereadores decidir se teremos um futuro de paz, como a nossa democracia e a boa política exigem”, concluiu.