De Ilhéus, o grupo segue para Itacaré para dar continuidade à programação. O Festival acontece até o dia 10 de novembro com acesso gratuito e classificação livre para a maioria das atividades

A programação da 12ª edição do Festival Internacional de Itacaré começa nesta segunda-feira (04), em Ilhéus. Serão dois dias de oficinas na cidade, com direito a um cortejo pelo centro, na terça-feira (05). Para falar sobre o assunto, a idealizadora, diretora artística e curadora do festival, Verusya Correia, e a artista da dança, gestora cultural e educadora, Ricardo Marinelli, participaram nesta segunda-feira (04), do programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM.

Verusya, que é nascida em Ubatã, morava no Rio de Janeiro, quando observou a necessidade de descentralização da dança contemporânea. A vontade de voltar à Bahia, fez com que ela inscrevesse o festival na região sul do estado. "O festival começou em 2008. Foi aqui na região do sul da Bahia que eu consegui apoio. Em 2007, lançou o primeiro edital nacional de festival de arte e dança, e eu, desejando voltar à Bahia, inscrevi o festival de dança no edital da Caixa e fomos aprovados. A primeira edição do Festival, ainda de pequeno porte, foi realizado apenas em Itacaré. Depois tivemos apoio do Fundo de Cultura do governo do estado da Bahia e agora em 2023, fomos aprovados na ações continuadas do Governo Federal, pela Funarte", contou.

Princesa Ricardo explicou empolgada o evento que vai acontecer nesta terça-feira (05), no centro de Ilhéus. O processo de estudo das oficinas foi iniciado no dia 28 de outubro, em Ilhéus. Agora, o resultados dos trabalhos serão apresentados à população. "A gente está desde o dia 28 com essa experiência que se chama 'Transperformance coletiva'. Eu sou de Curitiva e venho desenvolvendo essa oficina-espetáculo. Já tem uma concepção estética, uma proposta específica, mas em cada contexto e em cada cidade, a gente desenvolve uma experiência nova. A transperfomance coletiva está ligada ao gênero, às experiências de pessoas trans como ponto de partida para criar dança, movimentos que estejam articuladas com ambiente da cidade. A gente passa um tempo no laboratório, pesquisando, criando movimentos. Tem experiência de montação ligada à cultura drag, transformista. É todo um processo de elaboração e construção dessas personas. E aí vamos para um cortejo público, que nesse caso será no centro de Ilhéus. A gente começa às 17h, na casa de Arte Baiana, perto da Praça do Teatro e passa pela prefeitura, pelo Bataclan e em frente à catedral.

Nove artistas da cidade vão participar do cortejo. Hoje, às 19h, será a abertura do evento na cidade, com a performance "Água De Moringa", por Soanne Marry, no Espaço Cultural Terreiro Matamba Tombenci Neto/Gongombira, em Ilhéus. Em seguida, às 20h, será o espetáculo nacional Breve, por Ester Weitzman Companhia de Dança, no mesmo local. De Ilhéus, o grupo segue para Itacaré para dar continuidade à programação.

O Festival acontece até o dia 10 de novembro com acesso gratuito e classificação livre para a maioria das atividades. A programação do evento você encontra no site www.festivaldedancaitacare.com.br/ANO-XII/

Confira a entrevista completa:

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