Presidente do PL em Ilhéus afirma que legenda apoia ACM Neto, mas cobra reconhecimento do tamanho político do partido

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, na Rádio Ilhéus FM, nesta sexta-feira (28), o presidente do PL em Ilhéus, Thiago Martins, comentou sobre as articulações estaduais do partido para a eleição de 2026 e destacou que a participação do PL na chapa majoritária liderada pelo União Brasil “vai depender muito da análise do ACM Neto”. O dirigente fez a afirmação ao ser questionado sobre como a sigla pretende se posicionar na composição do palanque oposicionista.

Thiago explicou que o PL recebeu, no semestre passado, uma orientação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro durante reunião em Brasília: evitar vaidades internas e fortalecer alianças estratégicas. Para ele, a Bahia já possui um “projeto avançado” em torno de ACM Neto, e os resultados da eleição anterior demonstram a força dessa união. “Na última eleição, se você somasse os votos de João Roma com os votos de ACM, ele ganhava no primeiro turno. Isso nos ensinou muito”, afirmou, lembrando que a divisão entre candidaturas da direita contribuiu para a derrota. Ele comparou a situação ao cenário de Ilhéus, quando a retirada da candidatura de Resende favoreceu a vitória de Valderico Júnior.

Thiago reforçou que o PL já sinaliza há bastante tempo que seu projeto é eleger ACM Neto governador. Ele destacou o papel do presidente estadual do partido, João Roma, que tem dialogado diretamente com o ex-prefeito de Salvador sobre prioridades para a Bahia. “A gente sabe da qualificação do João. Foi um excelente ministro, criou o Auxílio Brasil. É óbvio que nós, do PL, queríamos João na vice ou no Senado, mas não podemos agir com vaidade”, disse.

Segundo ele, composições devem ser feitas com foco no resultado: “Se eu não estiver na vice, eu não vou apoiar? Isso é vaidade. Se eu não estiver no Senado, eu não vou apoiar? Vaidade.”

No debate com o apresentador Vila Nova sobre a possibilidade de nomes como o senador Angelo Coronel entrarem na chapa, o comunicador destacou que o PL tem maior peso político no estado. Vila afirmou que “o PL é maior que Angelo Coronel”, e Thiago concordou, ressaltando que sua sigla não pretende ser rebaixada em negociações. Ainda assim, disse que a decisão final cabe ao pré-candidato: “Aí, Vila, a gente joga no colo do ACM. Ele vai ter que perceber o tamanho do PL.”

Thiago também lembrou que há insatisfações acumuladas entre o PL e o União Brasil relacionadas a acordos não cumpridos nas eleições passadas, situação que, segundo ele, não ocorreu apenas em Ilhéus, mas em diversas cidades, como Feira de Santana. Ele citou, inclusive, o descontentamento do deputado federal Capitão Alden, que integra a base do PL. “A participação do PL na chapa majoritária depende da análise do ACM, da liderança que está se colocando como pré-candidato ao governo. Ele vai ter que avaliar o tamanho do PL e caberá ao partido decidir se essa análise foi bem feita ou não”, concluiu.

Confira a entrevista completa: 

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