Pedido foi feito pela Coligação "Itabuna não Pode Parar", que tem como candidato Augusto Castro (PSD), atual prefeito da cidade

O juiz da 28ª Zona Eleitoral de Itabuna, André Luiz Santos Britto, deferiu a suspensão da divulgação de um levantamento realizado pela Flex Consultoria & Pesquisa, conforme solicitação da “Coligação Itabuna não Pode Parar”. A decisão foi fundamentada em sérias alegações de falhas no processo de aplicação dos questionários da pesquisa.

De acordo com o magistrado, as irregularidades apontadas pela coligação foram corroboradas por um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que conduziu uma análise detalhada dos dados disponíveis no sistema PesqEle, do Superior Tribunal Eleitoral (TSE). O MPE confirmou que as inconsistências na pesquisa prejudicam sua validade e confiabilidade.

Um dos principais problemas identificados refere-se à metodologia utilizada pela Flex, que se limitou a indagar sobre a simples condição de emprego dos entrevistados, sem questionar sobre o nível econômico. O juiz destacou que essa omissão é crítica, pois o nível econômico é uma variável essencial para a análise dos resultados, e sua ausência pode resultar em distorções significativas nas conclusões da pesquisa.

A pesquisa em questão, registrada sob o número BA-06602/2024, estava programada para ser divulgada no último final de semana. Contudo, a decisão do juiz não se restrita apenas a Itabuna. Levantamentos da mesma empresa foram também barrados por magistrados das cidades de Ilhéus e Itagibá, onde irregularidades como a inclusão de bairros inexistentes foram identificadas.

Essa suspensão levanta questões sobre a integridade das pesquisas eleitorais no Brasil e a importância de garantir que os dados coletados reflitam de forma precisa a realidade da população, respeitando as normativas estabelecidas pela Justiça Eleitoral. A fiscalização rigorosa do MPE e decisões judiciais como a de André Luiz Santos Britto são fundamentais para assegurar um processo eleitoral justo e transparente.