As eleições americanas marcaram uma resposta interessante no desenho político mundial, isso porque, ela demonstra um cansaço na perspectiva Trumpista, a qual colocava em risco a vida dos americanos. Aliás, os americanos levam a sério a integridade da nação, de maneira que um dos seus principais lemas constitucionais é: "nós, o povo".
Trump e o seu movimento, foram responsáveis pelo endosso de movimentos supremacistas, pela misoginia e, recentemente, pelo descaso com a pandemia, cujo problema não passava de um "vírus chinês" e até mesmo a sugestão de se tomar "desinfetante" para matar o corona vírus.
O comentarista da CNN americana, Van Jones, após o resultado da vitória de Biden, disparou em tom de lágrimas a seguinte expressão: "É mais fácil ser um pai nesta manhã, é mais fácil dizer aos seus filhos que o caráter importa, que dizer a verdade importa, ser uma boa pessoa importa"
A nação americana, em sua maioria, decidiram por ventos novos ou, talvez, por ventos mais honestos e verdadeiros; mais responsáveis e menos danosos; mais conciliador e menos agressivo. A verdade é que um novo imaginário foi escolhido, sob tom de necessidade, inclusive, por instituições. A revista científica Scientific American chegou a fazer a seguinte declaração: “A Scientific American nunca endossou um candidato à presidência em nossos 175 anos de história – até agora. A eleição de 2020 é literalmente uma questão de vida ou morte. Exortamos você a votar em saúde, ciência e Joe Biden para presidente."
A vitória de Joe Biden acende um sinal de alerta para o mundo inteiro e nele consta a seguinte mensagem: "não adianta apostar na ignorância política, no ódio e na intolerância"
Somente um novo imaginário é capaz de superar as fraturas sociais causada pelo discurso que divide as nações e fragiliza os lações diplomáticos, afinal, enquanto Trump mentia sobre a China, os americanos se divertiam no aplicativo chinês (Tik Tok).
Fato é que, inevitavelmente, o vento Joe Biden irá soprar pelo mundo inteiro, inclusive no Brasil.