Aguarde, carregando...

O Tabuleiro

Pawlo Cidade

Pawlo Cidade

NÃO JULGUE PARA NÃO SER JULGADO

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.  (Mateus 7:1-5)

Tenho certeza que cada um de vocês já leu ou ouviu esta passagem bíblica. Tenho certeza também que cada um de vocês já fez julgamento prévio. Cada um de nós, sem exceção já fizemos isso. A nossa natureza pecaminosa faz com que julguemos todos os dias. O julgamento se dá através da aparência, do falar, do agir e do testemunhar do outro. Não vi aqui hoje dar sermão, nem tampouco passar um recado para alguém que precisa ouvir esta palavra. Só quero dizer que precisamos pensar mais no outro. Mas eu sei também que a dureza e a maldade deste mundo, a criação machista que tivemos, os pecados e os erros passados de geração a geração, nossos comportamentos nos impedem de ser assim. É mais fácil apontar o dedo, dizer isso ou aquilo da outra pessoa, do que pensar os motivos que o fizeram a agir desse ou daquele modo.

Talvez essa seja a razão pela qual somos surpreendidos todos os dias. Vemos coisas que jamais imaginaríamos dessa ou daquela pessoa, simplesmente pelo fato de achar que as conhecíamos. Ninguém conhece ninguém completamente. Ou, conhecemos o suficiente para ter a certeza que fulano ou beltrano jamais cometeriam tal ato. Se colocar no lugar do outro não é uma tarefa fácil. Sentir a dor do outro é ainda mais difícil.

Quer ser tratado de igual modo? Então faça aos outros o que gostariam que fizessem com você. Portanto, como está escrito, “  tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” (Mateus 7:12).  É fazer valer aquele ditado do fazer o bem sem olhar a quem. E como disse o teólogo indiano Shankara fazer o bem sem olhar a quem, principalmente quando esse “quem”, é você mesmo. Sem cerne, árvore não fica em pé. É estender a mão, sem discriminação de cor, raça, religião ou condição social.

Que esse ponto de vista de hoje seja apenas para tirar primeiro a trave que lhe cega para, a partir daí, você tentar – eu disse, tentar – tirar o cisco do olho do seu amigo, da sua amiga, do seu irmão.

 

Por: Redação O Tabuleiro
Dia 20/06/2019 10h39

Veja mais colunas de Pawlo Cidade:

Confira mais artigos relacionados e fique ainda mais informado!