A grande maioria das pessoas não foram treinadas para perder. E esta afirmação é tão verdadeira que a reação daquele que perde é a violência. Quem não sabe perder, quebra as coisas, xinga, quer bater no primeiro que encontrar. Quase sempre, desconta sua perda na pessoa que mais ama ou na que está mais próxima. Mas aquele que sabe perder, sabe que há dias de vitória e dias de derrota e recebe com alegria – e isto parece irônico – o fato de que perder, é um aprendizado. E quando você consegue tirar vitória e aprendizado da perda, vem mais forte, mais preparado e menos sujeito ao erro. Ë neste momento que você faz daquela passagem de Eclesiastes 7.2, uma filosofia de vida: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério”, só que a gente esquece isso.
Por que sabendo que há “tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora”, nos revoltamos? Por que é tão difícil aceitar a ruína? Por que não compreendemos que é hora de tirar o time de campo? Tempo de se afastar, de aceitar o que se perdeu? Veja o exemplo do atual presidente dos Estados Unidos, que insiste em não aceitar a derrota?
Pois bem, na noite do próximo domingo, dia de eleição, 15 de novembro de 2020, quem pensava que teria 20 mil votos, pode ter apenas 2 mil; quem acreditava que teria o voto de todos os amigos, pode apenas receber o voto da esposa ou dos pais. E olhe lá!
Vai ter candidato colocando a mão na cabeça pensando em como pagar tudo que gastou. Esteja preparado para a decepção, para a derrota. A eleição é uma caixinha de surpresas, cheia de reviravoltas, alegrias e muitas, muitas tristezas. E, parafraseando Maurício S. M. Júnior, eu diria que você só vai conseguir vencer se um dia aprender a viver, aprender a escolher, aprender a escutar, aprender a perder, aprender a ganhar, aprender a cair e aprender a se levantar.