"A GENTE PERMITE QUE AS MÃES INDÍGENAS POSSAM LEVAR, ALÉM DO ACOMPANHANTE, A PARTEIRA OU A BENZEDEIRA", DECLAROU DIRETORA DO MATERNO-INFANTIL

Domilene Costa disse que objetivo é aproximar a unidade hospitalar das comunidades indígenas, levando acolhimento e segurança
A diretora geral do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, Domilene Costa, esteve nesta terça-feira (20), no programa O Tabuleiro, da rádio Ilhéus FM, e falou sobre o trabalho da unidade com as mães indígenas da região. Segundo ela, o objetivo é aproximar a unidade hospitalar das comunidades, levando acolhimento e segurança. "No mês passado, nós comemoramos o mês do nascimento do bebê indígena número 300 e culminou que foi próximo do bebê número 8 mil, desde a nossa inauguração. A cada dia tem sido uma relação de mais proximidade, com toda a comunidade indígena, principalmente aqui nessa região com a etnia Tupinambá. Tivemos já um momento na aldeia, com palestras com psicólogas. Trabalhando a importância do amamentar, do gestar e com olhar direcionado à comunidade indígena. E é sempre um momento que a gente procura ter uma escuta mais ampliada. Porque são conhecimentos trocados. É uma cultura diferente da nossa. A gente procura, tanto dentro da unidade quanto no território, nas aldeias, fazer sempre esse trabalho de bate-papo, de troca, para que a gente consiga acrescentar e trazer eles como parte integrante, para dentro da unidade", declarou.
Ao ser questionada se existe algo da cultura indígena que é implantado no hospital, Domilene disse que algumas ações são destinadas às mães indígenas, como liberação de dois acompanhantes no momento do parto natural. "A gente permite que as mães indígenas possam levar, além do acompanhante, a parteira ou a benzedeira, porque faz parte da tradição deles. Muitos já me perguntaram se podem usar folhas, para fazer o banho, que ajuda a aumentar o trabalho de parto, e é permitido. Isso faz parte do nosso plano de trabalho que foi encaminhado para o Ministério. De a gente garantir para eles a presença do segundo acompanhante", contou.
A diretora contou que a unidade também tem uma ação diferenciada sobre a alimentação das mães indígenas. "O que foi alinhado também é que não tivessem alimentos embutidos ou com muito condimento, porque eles não costumam introduzir na alimentação deles. Então a gente respeita também essa parte alimentar", declarou Domilene.
Confira a entrevista completa:
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