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"A NOSSA MISSÃO É PREVENIR PARA SALVAR VIDAS", DIZ CORONEL MANOEL LUSQUINHOS, NOVO COMANDANTE REGIONAL DO CORPO DE BOMBEIROS

"A NOSSA MISSÃO É PREVENIR PARA SALVAR VIDAS", DIZ CORONEL MANOEL LUSQUINHOS, NOVO COMANDANTE REGIONAL DO CORPO DE BOMBEIROS
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 31/07/2025 10h24

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, o oficial destacou a dimensão do novo comando, os desafios da atuação preventiva e a importância da segurança nas edificações

O Coronel José Manoel Lusquinhos Almeida, novo comandante do 3º Comando Regional do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, participou nesta quinta-feira (31) do programa O Tabuleiro, na rádio Ilhéus FM. Conduzida pelo comunicador Vila Nova, a entrevista abordou a estrutura do comando, os desafios da corporação na região sul e extremo sul do estado, e o papel fundamental da atuação preventiva do Corpo de Bombeiros.

Com sede em Ilhéus, o 3º CRBM, também conhecido como CRBM-Sul, abrange toda a região Sul e Extremo Sul da Bahia, com cobertura operacional em mais de 160 municípios. “Nós pegamos de Vera Cruz até o extremo sul, passando por Jequié, Ipiaú, Conquista, Guanambi... Acredito que, se não for o maior, é um dos maiores comandos da Bahia”, afirmou o Coronel. A população sob responsabilidade do comando é estimada em cerca de quatro milhões de pessoas.

Sob a supervisão do 3º CRBM estão seis Batalhões de Bombeiros Militar estrategicamente distribuídos nas seguintes cidades:

4º BBM – Itabuna

5º BBM – Valença

6º BBM – Porto Seguro

7º BBM – Vitória da Conquista

8º BBM – Jequié

18º BBM – Teixeira de Freitas.

Juntos, somam um efetivo aproximado de 814 bombeiros militares. Para o comandante, a corporação vem crescendo de forma contínua desde sua separação da Polícia Militar: “Desde que o Corpo de Bombeiros foi desvinculado da PM, com o então governador Jaques Wagner, estamos crescendo a galope. Nosso plano estratégico prevê ampliar ainda mais a presença do bombeiro na sociedade, com novas unidades e equipamentos”.

Ao explicar a complexidade do serviço, o comandante foi direto: “Eu costumo dizer que quando o cidadão não sabe quem chamar, ele chama o bombeiro. Desde retirar um gato do telhado até resgatar vítimas de acidentes ou combater incêndios florestais e urbanos”.

O Coronel também comentou sobre a atuação preventiva nas construções civis, especialmente em cidades como Ilhéus, que têm se verticalizado rapidamente. “Cada prédio precisa ter seu sistema de segurança contra incêndio e pânico, como hidrantes, saídas de emergência, portas corta-fogo, reserva técnica de água. Tudo isso é analisado tecnicamente antes da emissão do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros)”, explicou.

Questionado sobre os altos edifícios em construção, como os lançamentos com mais de 20 andares, o comandante esclareceu que o combate a incêndios em prédios altos depende do próprio sistema da edificação: “Esses prédios têm hidrantes de parede, bomba de recalque, e nossas viaturas se conectam ao sistema. Não existe escada que chegue ao 23º andar. Por isso, a estrutura do prédio precisa estar compatível com a legislação”.

O Coronel ressaltou que a emissão do AVCB é obrigatória e anual, exigindo manutenção constante dos equipamentos de segurança. “O extintor tem validade. A bomba precisa funcionar. Não adianta ter um sistema que só está ali para constar”, alertou.

Outro ponto abordado foi a responsabilidade sobre os hidrantes urbanos. Segundo ele, “a manutenção é da concessionária. O Corpo de Bombeiros verifica e notifica se estiverem sem pressão ou inoperantes. No interior da Bahia, essa é uma dificuldade grande, mas já avançamos”.

Sobre os casarões históricos em risco de desabamento, como o Palacete Coronel Aureliano Brandão, em Ilhéus, o comandante afirmou: “É sim uma preocupação nossa. Atuamos em caso de colapso para resgatar vítimas, mas a responsabilidade estrutural é da prefeitura, da Defesa Civil e de órgãos de patrimônio. A nossa parte é fiscalizar a segurança contra incêndio”.

Ele também destacou a importância da atuação integrada com as prefeituras em eventos públicos. “Não adianta anunciar que o evento vai reunir 10 mil pessoas se o espaço só comporta 5 mil. A responsabilidade é compartilhada. Observamos o cálculo por metro quadrado, rotas de fuga, acessibilidade, público idoso. Tudo isso precisa ser respeitado para garantir a segurança”.

Encerrando a entrevista, o comandante ressaltou que a principal missão da corporação é preventiva: “A gente trabalha mais na prevenção do que no combate direto. Temos mais de 7 mil ocorrências registradas, sendo a maioria ligada à vistoria e análise técnica. Nosso objetivo é que o cidadão nunca precise nos chamar numa tragédia. A nossa missão é prevenir para salvar vidas”.

Confira a entrevista completa:

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