Secretário-geral do Progressistas cobra cumprimento do acordo político e diz que rompimento unilateral seria "muito complicado"

O ex-prefeito de Ilhéus e secretário-geral do Progressistas na Bahia, Jabes Ribeiro, reforçou nesta sexta-feira (5), em entrevista ao programa O Tabuleiro da rádio Ilhéus FM, que não abre mão do acordo político firmado com o prefeito Valderico Júnior em 2024.

Segundo ele, o entendimento foi construído em julho do ano passado, quando decidiu retirar sua pré-candidatura à prefeitura para evitar a vitória do PT, abrindo espaço para que o Progressistas indicasse um nome a deputado federal com apoio do prefeito. “Eu sou conhecido na política da Bahia por cumprir o que acordo. No dia em que o PT quebrou o acordo conosco em 2022, acabou a confiança. Acordo quebrado, confiança morta. Essa, pra mim, é uma questão inegociável”, afirmou.

Jabes destacou que o então vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, foi testemunha do entendimento e avalista do pacto. Durante a negociação, segundo ele, Valderico chegou a relatar um impasse por já ter uma relação com Leur Lomanto, mas Neto teria garantido que resolveria a situação. “Eu disse: não quero indicar vice, quero o federal. E ACM Neto disse: pode fechar o acordo. Ele é o avalista desse compromisso. Valderico até disse que tinha um problema, porque tem uma relação com Leur, mas ACM Neto falou: ‘Fique tranquilo. Com Leur eu resolvo’. Então, ficou acertado”, contou.

Apesar disso, o progressista admitiu que a demora em definições preocupa. “Nós estamos perdendo tempo em Ilhéus. Todo mundo está se organizando, a oposição já se movimenta, e nós não podemos ficar nessa indefinição. Eu já disse ao prefeito: cuidado, porque está todo mundo se organizando”, alertou.

Questionado se o União Brasil já não estaria se movimentando e deixando o Progressistas fora dessa conversa. Jabes rebateu afirmando que o acordo continua válido. "Eu acho que não. Se sim, Parece que não é muito bom. Eu vou colocar sempre o seguinte: até que se prove o contrário, eu confio nas pessoas. Se eu não fizer isso, como é que eu vou fazer? Já vou achando que você vai me trair? Eu percebo, é claro. Eu não sou menino. Por exemplo, você ouviu falar que nós botamos um milhão de reais na saúde em uma emenda que eu consegui com o João Leão? Na conta da prefeitura?"

Jabes concluiu dizendo que está disposto ao diálogo, mas sem abrir mão do que foi pactuado: “Conversar eu estou disposto sempre. Mas conversar o quê mesmo? Rompimento unilateral não é correto. Eu não acredito que isso vá acontecer, porque seria muito complicado.”

Confira a entrevista completa:

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