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“EU COMECEI NO JUDÔ PARA INCENTIVAR MINHAS FILHAS”, DIZ O ATLETA ILHEENSE ANDRÉ GONÇALVES SOBRE SUA TRAJETÓRIA E CONQUISTAS

“EU COMECEI NO JUDÔ PARA INCENTIVAR MINHAS FILHAS”, DIZ O ATLETA ILHEENSE ANDRÉ GONÇALVES SOBRE SUA TRAJETÓRIA E CONQUISTAS
Por: Redação O Tabuleiro
Dia 11/09/2025 13h18

Em entrevista ao programa O Tabuleiro, judoca relembra desafios, vitórias e a luta por apoio para representar Ilhéus em competições nacionais e internacionais

O atleta ilheense de judô, André Gonçalves, contou sua história de superação e conquistas em entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Ilhéus FM, apresentado pelo comunicador Vila Nova, nesta quinta-feira (11).

Logo no início, Vila Nova quis saber sobre os resultados mais recentes: “Só agora no ano de 2025, foram quantas medalhas?” André respondeu: “Três ouros e três pratas.”

Ao ser perguntado sobre sua trajetória como atleta, André relembrou como iniciou no esporte: "A minha jornada como atleta de judô surgiu no mesmo ano que eu passei no concurso da Prefeitura de Ilhéus. Eu era motorista de ônibus e não tinha tempo de nenhuma atividade esportiva. Em 2012 eu comecei a trajetória para incentivar minhas filhas, já com 30 anos de idade. Eu comecei a fazer judô para buscar uma qualidade de vida.”

Ele contou que a motivação também foi atravessada por momentos de dor: "A minha trajetória tem um filho com câncer, com cinco anos de tratamento. Dia 27 agora ele fez dois anos de falecido. Ele treinava comigo também. E nessa trajetória a gente teve essas lacunas de dificuldade e vem continuamente buscando esforço. Principalmente com esporte e tentando evoluir, tentando crescer.”

André destacou que iniciou no judô em uma associação próxima de casa e que hoje treina na Associação de Judô Sol Nascente, no Malhado. Entre os resultados, ele lembrou participações em etapas locais, estaduais e nacionais:

“Em 2023 a gente disputou a etapa em Ilhéus, em 2024 também disputamos em Ilhéus e ficamos em terceiro lugar. Disputamos a Copa Bahia, ficamos em terceiro lugar nacional em 2017 e começamos a buscar apoio para participar dos eventos completos do campeonato baiano, que são 11 etapas. Hoje eu estou com 220 pontos e o meu oponente está com 155. Então temos 65 pontos de vantagem, faltando três etapas para concluir.”

O judoca explicou que, para se manter na liderança, precisa participar das próximas competições:

“Se eu não participar dessas próximas etapas, muito provavelmente o meu oponente vai me superar. O campeão de cada etapa leva 30 pontos. Então eu sou obrigado a participar das três etapas. Esse ano fiquei em quinto lugar no Campeonato Brasileiro em Barueri, numa luta tremenda depois de mais de 40 horas de viagem de ônibus.”

Apesar dos resultados, André relatou dificuldades com patrocínio: “A gente conseguiu alguns parceiros. Só que, quando eu assinei um contrato com a Maramata e a Prefeitura divulgou como se tivesse me patrocinando, alguns parceiros deixaram o apoio pensando que a Prefeitura estava arcando com um patrocínio. Recebi uma notícia hoje que meu contrato foi para a Secretaria de Esportes, mas ainda está nesse impasse. Tenho umas duas empresas que me ajudam com a inscrição, mas o custo total da viagem não arca.”

Ele também falou sobre convites importantes: “Fui convidado para disputar a Copa Rio Internacional em outubro e o Mundial de Veteranos em Paris em novembro. Só que a Copa Rio deve custar seis, sete mil reais para eu participar. O Mundial em Paris deve custar setenta mil reais. E essas pontuações também geram pontos para o campeão baiano.”

O atleta, que é servidor municipal da Sutran, fez uma reflexão:

“No Campeonato Brasileiro em Barueri tinha atletas da PMDF com a PMDF nas costas, atleta da PM do Rio de Janeiro, do Bombeiro de São Paulo, todos patrocinados. Agora, a pergunta que me faz refletir é: por que eu, agente da Sutran, não posso colocar Sutran nas costas e receber esse benefício? Muito mais em conta do que gastar com mídias mais caras é usar a imagem de um servidor que está tendo resultado.”

Segundo André, apesar de ter o direito de se ausentar do trabalho para competir, ainda falta valorização:

“O servidor de Ilhéus tem no artigo 42 o reconhecimento do servidor atleta. Para as minhas viagens de competição eu faço um ofício e sou liberado da minha jornada de trabalho. Só que essa liberação não vem com nenhum reconhecimento. Eu não quero um real na minha conta. Se me ajudarem só com hospedagem e traslado, a gente consegue competir e representar Ilhéus.”

Quem quiser ajudar André, pode entrar em contato pelo Instagram @judoandregonsalves e pelo WhatsApp (73) 99845-5126.

Confira a entrevista completa: 

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