Hoje vamos falar de saúde. Vocês sabiam que um bom planejamento da mobilidade urbana colabora com a saúde pública? É isso mesmo. Cidades que investem em mobilidade urbana adequadamente promovem um estilo de vida menos sedentário e diminuem o número de pessoas com problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de cânceres.
O comportamento sedentário é o quanto de tempo nós permanecemos parados (deitados, sentados ou pé) durante o nosso dia. Alguns estudos recentes demonstram que o ideal é darmos no mínimo 8 mil passos diariamente, reduzindo assim os riscos de mortalidade precoce por doenças não transmissíveis, ou seja, que poderiam ser evitadas.
Muitas pessoas trabalham sentadas e não têm tempo para praticar atividade física, por exemplo, durante a semana. Suponhamos que a distância até o trabalho dela seja compatível e que ela se sinta segura e confortável para ir andando ou pedalando. Bingo. Esta ação já traria à ela muitos benefícios à saúde. É por isso que eu gosto sempre de lembrar que a ponte Jorge Amado foi boa sim para quem se desloca por veículos motorizados, mas ela foi espetacular para as pessoas que se deslocam a pé ou de bicicleta pois promoveu uma ligação rápida e direta ao centro da cidade que não existia antes. Para quem se locomove por veículo motorizados era possível pela ponte mais antiga do Pontal, mas e quem se deslocava a pé ou de bicicleta? A distância era muito maior e inviabilizava para muitas pessoas com certeza. Não tem comparação.
A UESC tem um projeto chamado MoveIlhéus. Ele é uma iniciativa que busca entender as características de uma cidade mais ativa e como os cidadãos ilheenses se relacionam com a cidade. Neste sentido, o projeto faz avaliação do nível de atividade física, avalia a percepção das pessoas quanto aos espaços da cidade com objetivo de elaborar propostas efetivas para melhoria das condições de infraestrutura da cidade de Ilhéus. O projeto está nas redes sociais para quem quiser conhecer mais.

É meus caros leitores, em tempos de pandemia, o que nós queremos mesmo é mais saúde. Eu sou Peolla Paula Stein, especialista em mobilidade urbana, para Ilhéus FM.