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O Tabuleiro

RILTON FILHO

RILTON FILHO

PANDEMIA NÃO É UM ASSUNTO TÃO FÁCIL DE SER DISCUTIDO.

Não há como negar que a pandemia é um grande paradoxo, porque na medida em que já sabemos que máscara, higienização e distanciamento social são aliados para o combate e controle da doença, também sabemos que as consequências econômicas são graves quando medidas mais duras são tomadas. Paradoxo!

Pra início de conversa precisamos lembrar: o Brasil não é referência no combate e nem passa perto disso. Nesse sentido, precisamos olhar para outros horizontes: Nova Zelândia. Talvez a maior referência, junto ao Vietnã e Austrália, demonstra que medidas duras, quando tomadas no tempo certo, geram medidas leves e retorno à normalidade: sim, normalidade, porque ainda ontem a Nova Zelândia promovia um grande show de rock para uma grande multidão, afinal, o país já não registra casos de infeção.

O Brasil nunca levou a sério as medidas “duras”, nesse sentido, não há como desfrutar das medidas leves.

Pandemia também se torna um paradoxo quando olhamos para casos como da Nova Zelândia, mas não podemos replicar de maneira idêntica, uma vez que apresentamos fraturas sociais sérias, como fome, desemprego e pobreza. Nesse sentido, paradoxalmente ficamos a pensar em alternativas e aqui vale destacar uma fala que o nosso apresentador, Vila Nova, tem destacado com muita frequência: a ação governamental que puna estabelecimentos específicos, ou seja, estabelecimentos que descumpram regras recomendadas, de modo a não punir estabelecimentos e trabalhadores que seguem corretamente. É uma possibilidade? Sem dúvidas, mas aqui eu provo que o assunto pandemia não é fácil, porque essa ideia precisa, no mínimo, de um número maior de fiscais, força policial e mecanismos de vigilância, uma vez que se trata de uma cidade com 160 mil habitantes, pra ficarmos no exemplo de Ilhéus.

Definitivamente, e isso ninguém pode esconder, o Brasil, leia-se, chefe da nação, nunca gostou da ideia de combater seriamente a pandemia; nunca gostou de endossar medidas duras, para colher bons frutos; aliás, nunca gostou de elementos essenciais como máscara, álcool 70 e distanciamento social. Nos resta os governadores que tentam, dentro de limitações, inibir um número maior de mortes a partir de decretos que também precisam de uma dura crítica: em sua maioria, são confusos e deslocados da realidade brasileira.

Por: Redação O Tabuleiro
Dia 24/03/2021 08h22

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