
Esse é um tempo oportuno para relembrarmos parte da carta-testamento que o ex-presidente Getúlio Vargas deixou minutos antes da sua morte:
"(...) E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio.Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".
O relato, embora triste, consegue traduzir o que parece acontecer no submundo da política brasileira: ódio, violência, calúnia, ameaça, opressão, tristeza e angústia.
Mas, o clima bélico que existe no ambiente político só diminuirá quando a política se tornar uma vocação, e não um meio de vida, pois, se assim não for, o conceito de serviço ao povo se tornará mero esforço simbólico, e o jogo se resumirá entre VIDA E MORTE.