Eu gosto sempre de reforçar que todos somos pedestres independente do modo de transporte que a gente utiliza com mais frequência. Dito isso, estive particularmente observando o comportamento dos pedestres na travessia das faixas aqui na duplicação da BA-001. A esta altura todos nós ilheenses já sabemos que é um dos locais mais perigosos à vida na cidade. Não estou dizendo aqui de forma alguma que a responsabilidade é do pedestre, até porque, tecnicamente o pedestre foi posto em perigo com um projeto que desconsiderou as pessoas em muitos aspectos e tem pontos em desconformidade com as recomendações técnicas. Também já quero deixar claro que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, não dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado que se encontre na faixa a ele destinada é infração. E o assunto infração cometida por motoristas na cidade merece uma coluna só para tratar disso.
Minha intenção hoje é incentivar comportamentos que podem aumentar o nível de segurança das pessoas nas suas travessias, não só na duplicação mas em toda a cidade. Existe uma conduta que não está no código de trânsito, portanto não é obrigatória, mas que mostrou bons resultados quando foi incentivada na cidade de Brasília, há mais de 20 anos atrás: chama-se sinal de vida.
O sinal de vida é um gesto que o pedestre estende o braço antes da travessia da faixa, garantindo a visualização do mesmo pelos outros condutores. Para os motoristas que respeitam as leis, esse sinal soma-se a boa conduta, para que ele pare para que o pedestre
atravesse com segurança. É importante dizer que os pedestres devem esperar os veículos
pararem completamente e observar ainda se os motociclistas também pararam.
Pedestre, por amor à vida, use a faixa de pedestre, sinalize ao atravessar e não se arrisque
em locais perigosos. Essas são algumas das atitudes importantes para evitar atropelamentos e ser um pedestre consciente. Vamos adotar essa boa ideia aqui também?
Eu sou Peolla Paula Stein, especialista em Mobilidade Urbana, para Ilhéus FM.